Gay Notice: Ricky Martin, twitadas, presidente gay americano e mais

E voltamos como nosso Gay Notice, com as noticias desta última semana relacionada ao mundo GLS e interligações. Aliás, semana agitada após enfim Ricky Martin sair do armário que já não escondia muita coisa.

Após quase dois anos depois o ocorrido, o Conselho Regional de Medicina aceitou a denuncia de maus tratos ao ex-sargento Laci Araújo. Assumido publicamente na Rede Tv em 2008, o sargento já sofria maus tratos perante os médicos do exercito por sua condição sexual e depois do escândalo formado encima dele e de seu companheiro, disse que ficou 19 dias trancado num hospital militar sofrendo maus tratos e tortura.

Filho do Presidente Lula se deu mal no Twitter, ao fazer piadinhas sobre o time de futebol do São Paulo com os gays. Sua twitada acabou mal e sendo criticado por várias de seus seguidores.

A revista Vanity Fair fez uma pesquisa com o eleitorado americano sobre se eles votariam num candidato a presidente homossexual. Para a admiração dos próprios pesquisadores, metade dos entrevistados disse que apoiariam e votariam num candidato gay.

A morte do jovem ator pornô Chad Noel reascende a polêmica envolvendo os filmes barebacks. Com apenas 25 anos, o ator morreu vitima de AIDS na última semana. Chad Noel que assumia vários nomes diferentes e visuais diferentes, ficou famoso por seus vários filmes contendo sexo sem camisinha e fetiche com urina. Algumas produtoras britânicas famosas por estes tipos de filme, estão mudando a postura e reassumindo o uso de preservativo.


Após um grande aperto para conseguir o dinheiro para a produção do primeiro seriado gay da TV brasileira, “caRIOcas” finalmente sairá do projeto e terá quinze episódios gravados nos próximos meses. Agora a grande luta é conseguir uma emissora que queira passar o seriado em sua grade.

Senador americano que acabar de vez com a moda “sagger”, aquela mania de usar calça ou bermuda baixa, aparecendo a cueca. O senador já gastou dois mil dólares numa campanha contra a moda que atrai tanto os jovens.

O soldado britânico Lance James ganhou o direito de casar com seu companheiro. A cerimônia contou com a alta casta militar britânica. Lance faz parte da ordem Household Cavalry, responsável pela segurança do alto escalão da monarquia, política e militar. Um das ordens mais respeitadas no Reino Unido.

Numa atitude inédita no Brasil, o Ministério da Educação e a UNESCO se uniram para publicar um livro de distribuição gratuita nas escolas, falando sobre a homofobia.

O deputado federal Zequinha Marinho quer barrar de vez o projeto de lei que legaliza a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. O deputado disse que os casais para aodtar uma criança deverão estar realmente casados e nunca, poderiam ser do mesmo sexo.

Pois é, com noticias boas e outras ruins, terminamos mais um Gay Notice. Mas, aí você pergunta: e o Ricky Martin? Bem, vocês já devem até estar cansados de saber que ele se declarou no seu blog para todos que é gay.

Bem, o que eu acho disto? Ele não pode negar que quase... ou todo mundo... sabia que ele era gay. Mas, foi legal da parte dele, pois é muito difícil um símbolo sexual (ou ex-boyband) se assumir depois de alcançar seus 40 anos de idade. Quem sabe esta não é uma iniciativa para outros armários enfim se abram de verdade.

Ass.: R

We can do it!

Imitando o famoso cartaz feminista que apareceu na Segunda Guerra Mundial, o grupo Open Artist Moviment resolveu fazer o mesmo, desta vez com homens. Juntando fotógrafos e designers, novos pôsteres foram feitos para a campanha do direito dos homossexuais americanos servirem a pátria.

Vejam que legal que ficaram:







Pois é, enquanto isto aqui no Brasil, um ex-militar homofóbico que proibiu e expulsou homossexuais do exercito, ganhou um ministério do governo só para ele. E o pessoal ainda se preocupa com o que o Dourado fala.

Ass.: R

Dicas de Música: O Lado B parte 2

Desta vez as dicas de músicas do Lado B serão de minha parte. São musicas que podem até ser esquisitas ou pouco conhecidas, mas eu adoro muito ouvir. E queria compartilhar estas músicas com vocês.

1. Charlotte Gainsbourg & Beck - "Heaven Can Wait"



Acho a batidinha desta música uma delícia. Conheci numa das várias vinhetas da MTV e fui correndo buscar a música para baixar. Participação tímida de Beck na música.

2. Tori Amos - "Past The Mission"



É uma das músicas preferidas do L. da Tori Amos, e acabou virando também uma das minhas prediletas na playlist do meu MP3. Além da bela música, um clipe com uma fotografia maravilhosa.

3. Madonna - "Intervention"



Apesar de ser uma música da Madonna, ela foi hiper pouco vinculada. Passei algum tempo sem ouvir esta música por causa de um namoro passado. Mas, consegui exorcisa-la ouvindo aqui em São Paulo.

Neste clipe, ela ganhou um tom gay com cenas de "Brokeback Mountain".

4. Aqualung - "Strange and Beautiful"



Mais uma música por influência do L. Comecei a gostar dela ouvindo ele ouvir, e depois quando ela serviu de trilha sonora para a série "Being Human".

Pois é, espero que gostem das músicas apresentadas aqui.

Abraços

Ass.: R

Um ano de seriedade

Quando planejei o blog Diga Xis para o Passarinho, ele deveria ser um mix de informação, depoimentos e homens bonitos. Mas, como podem ver a quantidade de homens bonitos foi crescendo a cada dia, e o DXPP ficando mais safadinho do que nunca. Então os artigos e contos sobre a vida do Casal R & L ficaram meio destoante dentre tantos homens pouco vestidos.

Foi então que surgiu a idéia do segundo blog, que seria um canal mais sério, continuando a história de vida do casal, além de textos opinativos e dicas de séries, músicas e filmes.

Em 24 de Março de 2009 surgiu O Lado Sério do DXPP, onde os leitores ofuscados por tantos homens com suas sungas recheadas, puderam ler textos mais leves sobre a homossexualidade, além de é claro fatos relacionados ao mundo GLS.

E hoje é com muito orgulho que comemoro um ano deste segundo blog no ar, sei que as atualizações não são diárias como o outro, mas sempre prezo com a qualidade dos textos. O outro blog é até mais fácil lidar e falar as conhecidas frases, mas este tenho que ter mais cuidado, pois toda opinião é importante.

Também ao escrever estes textos, fui conhecendo melhor meu ponto de vista deste mundo e cheguei até mudar outros, mas o importante que tento o maximo possível ser transparente com meus leitores e sempre ouço opiniões deste mesmo naipe de vocês.

E é isto, um ano de bate-papo. De troca de experiências e de quebra, muita informação que tanto servem para vocês quanto para mim. Não tenho a pretensão de levantar bandeiras nenhuma, apenas debater com vocês.

Espero que continuem por aqui, não desistam com estas freqüentes pausas, que com certeza nestes períodos estarei pensando em novos textos e dicas para postar futuramente por aqui.

Obrigado por este ano que vocês me acompanharam e me deram forças para continuar este segundo projeto.

Até mais.

Ass.: R

Uma breve pausa ;)

Calma, gente! Vai ser breve mesmo!

Este fim de semana estaremos visitando a família em Santos. Mas, na quarta-feira (dia 24 de março) tem atualização nova no blog ;)

Fiquem ligados. Abraços.

Ass.: R & L

Gay Notice: True Blood, preconceito, justiça e muito mais.

E voltamos com mais um giro de noticias do mundo gay para vocês. Um resumo do que mais interessantes surgiu sobre esta temática na internet.

Enfim a terceira temporada de “True Blood” foi anunciada para 13 de Junho. E agora a série conta com mais personagens gays, além do já conhecido Lafayette, a série vai ganhar um casal gay formado pela estranha aliança entre um lobisomem e um vampiro.

Em entrevista a uma revista, o ator e galã Ewan McGregor disse que se tivesse que ter um namorado, seria o ator Philip Seymour Hoffman. McGregor faz um personagem gay no filme “I Love You, Philip Morris”, mas não é o primeiro personagem gay de sua carreira. Há lendas sobre a ambigüidade de sua sexualidade, muitos diziam sobre um caso tórrido entre ele e Jude Law.

Dia 17 de Maio virou o “Dia Estadual do Combate a Homofobia” no Paraná. Defendida por uma deputada, o projeto do dia comemorativo virou uma lei.

A Justiça mineira deu um passo a mais e determinou nesta semana que o Instituto de Previdência dos Servidores Militares e o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais concedam benefícios para parceiros de segurados homossexuais. A decisão veio quando o juíz Manoel dos Reis Morais, da 6ª Vara da Fazenda Pública Estadual, acatou a liminar impetrada pelo Ministério Público.


O ex-policial Michael Verdugo disse que perdeu seu emprego por seu passado. Pois, foi descoberto que na sua juventude, ele fez um filme pornô gay. O fantasma de seu passado ainda perturbou mais, quando atualmente foi desclassificado de participar de um reality show. Michael, que disse que tinha apenas 22 anos quando fez o filme (hoje tem 35), diz que esta sendo vitima de discriminação, já que se tivesse feito um pornô heterossexual, nada disto estaria rolando.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, que é gay assumido. Está no Brasil para uma visita oficial acompanhado pelo namorado. Mas, na Alemanha o partido rival esta espalhando boatos que o namorado de Guido é um oportunista, e esta usando as viagens do ministro para fazer negócios na América do Sul. Que coisa, se fosse uma mulher alguém falaria isto?

Num flagrante de preconceito, o ex-tecnico e também alemão Rudi Assauer disse em entrevista que futebol não é esporte para gay. Que demitiria se soubesse que algum jogador fosse homossexual. E ele já fez isto no seu antigo emprego, onde mandou embora um funcionário gay.

O cantor Elton John em entrevista ao jornal The Sunday Telegraph, revelou um drama de seu passado, sobre seu antigo ex-namorado que cometeu suicídio. Disse que ele vivia em conflito com sua sexualidade e a religião que ele seguia, o catolicismo. A pressão foi grande demais por causa dos dogmas da Igreja, que ele não resistiu ao suicídio.

Ass.: R

Comportamento e sexualidade

Aos poucos, meio que vou tirando este meu pré-conceito de pessoas afeminadas. É meio difícil compreender estas pessoas vindo de um universo tão machista ao qual convivi por muito tempo. Imagino como deve ser a mesma sensação de pessoas que não tenham contato com homossexuais e depois tem, deve ser uma estranheza danada, formado pelo tal pré-conceito.

Passei anos sem contato com o mundo gay quando vivia no litoral, quando meu primeiro namorado me levou a famosa Barraca da Cris, fiquei esperando no carro enquanto ele ia buscar flyers para as boates. Fiquei com medo de encarar aquelas pessoas e de outras pessoas me verem neste ambiente.

Como a nossa vida muda, antigamente não conseguia nem freqüentar estes lugares e ficava com o corpo quase todo no armário, hoje estou vivendo (casado) com outro homem. As voltas que o mundo dá, e as barreiras que temos que nos libertar de nosso cérebro.

Neste sábado fomos com dois amigos de um antigo serviço, ao cinema assistir “A Ilha do Medo” (vale a pena dar uma corridinha no cinema e assistir), por incrível que pareça, eles não sabem que somos gays e namorados. Pessoas são bem distraídas.

Ao sair do cinema, no Shopping Frei Caneca, a esquina próxima a “Loca” estava lotada. Um dos transeuntes do local atravessou a rua com mais dois amigos e falou alto e em bom som algumas coisas bem vergonhosas e com aquele tom ao estilo gato miando. Um dos meus amigos virou para mim: “não me importo com quem eles transam, não tô nem ai. Cada um é dono do seu nariz. Mas... precisa falar deste jeito??”.

Naquele momento comecei ver as coisas pelo ângulo dele. As vezes as pessoas são afeminadas e nem percebem que são, mas as vezes há um certa falta de compostura e exagero de algumas pessoas.

Por exemplo, em Santos havia um bar, o saudoso Help ao qual eu conheci o L., um dia havia um burburinho no bar sobre um abaixo assinado do prédio ao qual o bar estava instalado. Todos comentavam do absurdo, que as pessoas eram atrasadas e preconceituosas. Que o bar estava sofrendo discriminação por ser GLS.

Pois bem, rolou um pouco de discriminação, é claro e inegável que rolou. Mas, comecei a observar as pessoas que o freqüentavam. O bar fechava quase todo fim de semana lá para as quatro da matina, enquanto isto o bar, a calçada e rua em sua frente havia milhões de gays e lésbicas. Todos falando alto, gritando e se esfregando no alto teor desta palavra. Aquela gritaria descomunal e irritante, que até eu e o L. ficávamos irritados.

Chegou até rolar espelhos de carros da vizinhança arrancados, garrafas sendo jogadas na rua, bombas em banheiros e todo este fuzuê até as quatro da matina embaixo da janela dos moradores do prédio. Tinha razão para não rolar um abaixo assinado??

É claro, não vou e nem quero mais julgar quem é afeminado ou fez a escolha de partir para esta tangencia, mas queria que houvesse certa postura e respeito de todos. Pois se garante respeito, respeitando os outros. E tem aquela velha frase: “a liberdade de um termina quando começa a do outro”.

Se você quer ter sua liberdade sexual, ser visto como gente como qualquer um. Não faz mal algum ter um pouco de postura, isto não tem nada haver com a sua preferência sexual e sim com educação. Por falta dela, o bar Help deixou de existir.

Ass.: R

Dicas de Filmes: Direito de Amar.

Pois é, que surpresa foi assistir o filme “Direito de Amar” (ou “The Single Man” no original). Tempos atrás quando o estilista Tom Ford disse que iria se aventurar no mundo dos cinemas, muita gente torceu o bico ou achou que iria sair algo como “Another Gay Movie” bem purpurinado.

Mas, veio a surpresa, o famosos estilista (e gay assumido) assumiu o roteiro, a direção e a produção do filme. E o resultado foi um filme sobre homossexuais, sim foi como esperávamos, mas não foi esperada, a tamanha sensibilidade, igual a qualquer drama bem feito no cinema.

O filme foi estrelado pelo ator Colin Firth, que tem grandes sucessos na carreira como “Mamma Mia” e “O Diário de Bridget Jones”. Mas, saiu totalmente de sua famosa áurea de comédia e se saiu espetacularmente com um drama.

Ele vive o papel de George, inglês que se tornou professor nos Estados Unidos. Lá ele conheceu o ex-marinheiro Jim (Matthew Goode), e desde lá se tornaram um casal inseparável por 16 anos.

Ele tinha o casamento perfeito, um amor perfeito, uma casa perfeita e até um casal de cachorros perfeitos. Mas, sua vida vira do avesso quando em um terrível acidente de carro, seu grande amor Jim falece ao lado de seus cachorros.

Agora o cenário é uma casa vazia e uma vida sem o seu companheiro de 16 anos. O que lhe sobra? Um emprego de professor? Uma amiga que tem uma paixão platônica? Um vizinho preconceituoso? Um garoto de programa? O que o fará continuar sua vida?

E assim segue a história do filme, cheia de lembranças e uma espécie de despedida de George ao mundo. Pois, nele com certeza ele não quer ficar. Ao mesmo tempo, George é reapresentado ao que lhe envolve na sua vida e o que lhe faz bem. Ainda mais quando tem em seu caminho um jovem aluno interessado em que ele tem a lhe falar.

O filme tem uma fotografia belíssima, que é dividida com belos ângulos de câmeras e diálogos riquíssimos. Destaques a conversa que ele tem com sua grande amiga (e eterna apaixonada) Charley, muito bem interpretada por Julianne Moore, sobre o que é o relacionamento que ele teve. Além das participações do belo modelo Jon Kortajarena e até mesmo do interessado aluno vivido por Nicholas Hoult.

Bem, como posso dizer, o filme é hiper sensível (ainda mais para quem esta com seu relacionamento firme) e mostra o relacionamento gay como eu gosto, com extremo respeito. A história em geral pode até não ter muitas novidades, mas do jeito que é contada, se torna irresistível.

Veja o trailler:



Então vale a pena pegar uma sessão, pois com certeza, você sairá do filme pensando sobre muitas coisas. E mostra, que não podemos duvidar do talento de ninguém. Pois o estilista provou que pode ser um bom diretor e até melhor que muita gente que esta por aí, ou pretende ser. Então, se desligue um pouco das criticas de jornais e vai assistir com muito gosto. Pois o filme faz o que ele deve ser: um bom entretenimento.

Ass.: R

Gay Notice: Edir Macedo, casamento gay, Jesus Luz e mais.

E voltamos com nosso resumo informativo, um giro de noticia relacionado ao mundo gay. Fique por dentro das boas e as más novidades.

Edir Macedo, o criador do conglomerado chamado Igreja Universal, espantosamente defende os gays contra o preconceito. Em seu blog defende os homossexuais como se fossem cristãos como qualquer um, e se condenar um gay, terá que condenar a si próprio também. Pena que seu sobrinho, o Senador Marcello Crivella não defende a mesma tese e faz de tudo para barrar qualquer coisa a favor dos homossexuais no senado.

Após a Suprema Corte dos Estados Unidos autorizar o casamento gay em Columbia, mas de 100 casais já correram para poder enfim realizar seus aguardados casamentos.

Perguntado sobre sua opinião sobre os homossexuais, o modelo e boytoy da Madonna, o Jesus Luz, diz que eles fazem parte de seu circulo de amizades. Como cresceu com sua mãe trabalhando num salão de cabeleireiro, adotou como padrinhos um casal de gays. Até que enfim o Jesus deu alguma dentro.

A versão americana e original do programa “Supernanny” esta pedindo inscrições de casais gays. Pois quer colocar em sua nova temporada, algum casal homossexual que tenham algum problema com seus filhos. Pois, segundo o programa, os casais gays são iguais a todos e podem ter problemas com os filhos como os heterossexuais.


Sean Hayes, que fazia o hilário Jack McFarland na extinta série “Will & Grace”, enfim resolveu sair do armário na revista Advocate e contar ao grande público que é gay. Bem, o grande público já sabia ;)

Três primos são presos após confessarem que estão caçando homossexuais em São Francisco. O único agredido pela família delinqüente recebeu um tiro no rosto, mas passa bem. Mas, segundos os três meliantes, a intenção deles era matar não um, mas vários homossexuais.

Criança foi impedida de fazer sua rematricula numa escola americana e católica. Segundo a equipe pedagógica da escola, o motivo de não aceitar mais a criança na escola, é por que ela é criada por um casal de lésbicas. Em nota enviada a uma emissora de TV, a escola diz: “casais homossexuais vivendo juntos estão em desacordo com os ensinamentos católicos”.

O municipio catarinense de Itajai, organizou no mês passado o seu primeiro encontro LGBTT na câmara dos vereadores. O encontro discutiu sobre preconceito, direitos e deveres dos homossexuais na cidade. Pois é, a evolução chega as cidades interioranas.

Uma das concorrentes a Miss California, falou abertamente que os homossexuais deveriam morrer por vontade Deus. Bem, eu imagino que o mesmo deve ter acontecido com o cérebro dela.

Uma agência de turismo australiana fez uma pesquisa e elegeu os melhores roteiros gays de todo mundo. Pela quantidade de clubes e pela liberdade local, a cidade de Sidney ficou com o primeiro lugar. Mas, o Brasil não ficou para trás, São Paulo conseguiu o quarto lugar mundial.

E terminamos mais um Gay Notice. Em breve teremos mais.

Ass.: R

O Outro Diário de Bordo 5: vida noturna

O Diário do L. 1 | 2 | 3 | 4
O Diário do R. 1 | 2 | 3 | 4 | 5

Todo mundo que acompanha os blogs do meu excelentíssimo marido R. (digo logo que os blogs são só dele porque é mais fácil vaca latir do que eu conseguir marcar presença aqui, hehehe) sabe que a descoberta pessoal de nossa (homos)sexualidade foi tudo, menos tranqüila - e tenho certeza de que a de todos vocês também foi, em maior ou menor grau, bem turbulenta. É sempre assim, né? No meu caso, mesmo vivenciando muitas experiências "na área" antes mesmo de chegar aos 18 anos, ainda me sentia angustiado e meio perdido. O fato: eu sabia que não estava sozinho no mundo, mas não fazia idéia de onde encontrar meus "semelhantes" - os outros garotos e jovens adultos gays, que era o núcleo com a qual eu gostaria de estar para aliviar um pouco a barra de me esconder em mentiras e omissões perante família e amigos.

Mal sabia eu que a cidade onde morei boa parte de minha vida, São Vicente, era uma das cidades mais visadas do mundo gay por abrigar um dos maiores pólos simpatizantes do estado: a tal Barraca da Cris e as infames boates GLS do alto do Ilha Porchat. Uma luz no fim do túnel!

Um belo dia, me enchi de coragem e, mesmo apavorado com a possibilidade de cruzar com algum conhecido ou algo do gênero, decidi conhecer a Barraca da Cris. Eu sabia que o negócio pegava fogo por volta da meia-noite até umas duas da madrugada, hora em que o povo seguia para as boates da moda. Meu plano era só ir até lá, beber um refrigerante e fumar uns cigarrinhos para depois ir embora. Não tinha intenções de conhecer alguém e terminar a noite dando uns amassos (ou dando algo mais, hahaha) em algum canto. Eu só precisava mesmo estar perto de gente igual a mim.

Enfim, avisei em casa que sairia para uma festa e não tinha hora para chegar. E fui até a Barraca da Cris. Um quiosque à beira-mar, lotado de toda espécie de gays, desde os mais novos como eu até os mais maduros, lésbicas, drag-queens... muita gente nas mesinhas do quiosque, comendo porções de qualquer coisa e bebendo muito, e uma multidão de gays em volta, conversando, dançando ao som de techno e vários casais de todas as combinações possíveis (!) namorando livremente sem a preocupação de sofrer retaliações ou ser reconhecidos. Aquilo, pra mim, era a mais perfeita tradução do "paraíso". Naquele primeiro momento, fui tomado por uma emoção meio difícil de descrever - pela primeira vez, me senti "em casa", como nunca havia me sentido.

Logo nesta primeira noite, decidi que não seria um sujeito completo se não entrasse, mesmo que por alguns minutos, em uma das boates do Ilha Porchat. Pouco importava se eu estava sozinho, se passaria a noite sozinho, ou de que forma iria embora às tantas da madrugada. Eu PRECISAVA fazer aquilo. Então, quando uma drag-queen, hostess de uma das casas noturnas, passou por mim distribuindo flyers, peguei um. E entrei no primeiro táxi que vi e subi o Ilha Porchat em direção a uma das boates.

Um mundo novo, posso dizer. Logo na entrada, fui abordado pelo garoto que identificarei aqui como G., que só me disse um "oi, tudo bom?" antes de me envolver em um beijo hiper-intenso. Os primeiros instantes foram aterrorizantes: mesmo estando em um ambiente gay, não consegui assimilar a idéia de beijar um outro garoto na frente de várias outras pessoas. Aos poucos, fui me deixando levar por aquele beijo, e então tudo fluiu normalmente. O G. me levou para conhecer os outros ambientes da boate: a pista de dança, o bar, o terraço (onde rolava uma deliciosa música ao vivo), o dark-room (onde o G. me forneceu uma das melhores sessões de sexo-oral que já recebi, hehehe), o palco de shows - onde uma drag-queen caricata que ninguém conhece chamada Sylvetty Montila quase me fez molhar as calças de tanto rir com suas piadas maravilhosas... :-D

Mais tarde, naquela mesma noite, fiquei sabendo que o G., um menino lindo com traços levemente orientais, era da Grande São Paulo e desceu a serra com alguns amigos só para ir àquela boate. Ele me disse, enquanto estávamos no terraço, que não se desgrudaria de mim e que só largaria minha mão na hora de ir embora - o que aconteceu lá pelas 5:30 da manhã, com o dia já clareando. Não preciso dizer que voltei para casa pisando em nuvens, mesmo sabendo que jamais encontraria o G. novamente - curiosamente, descobri anos depois através de uma ferramentinha chamada Orkut que o G. é amigo pessoal de um grande amigo meu, um dos cabeças de um site de Internet onde trabalhei, que sequer desconfia de minha homossexualidade. Mundinho pequeno, esse. ;-)

Cheguei em casa com a sensação satisfatória de ter finalmente descoberto meu lugar e minha família. Passei os vários meses seguintes freqüentando assiduamente a Barraca da Cris e as várias casas noturnas GLS do litoral de SP fim de semana após fim de semana, conhecendo pessoas, beijando alguns meninos e dormindo com outros meninos, dançando enlouquecidamente, emocionando-me com as saborosas melodias da bandinha de música ao vivo do terraço daquela boate, rindo até doer com as estúpidas tiradas das drag-queens caricatas... Acima de tudo, me sentindo feliz como nunca, privilegiado até, por ser homossexual, por poder ser eu mesmo, ainda que por poucas horas, sem medo de retaliações ou de manifestações de preconceito e afins. Ali, ninguém me criticaria por eu ser... eu. Senti em mim o verdadeiro significado do termo gay pride, embora nunca tenha sido, de fato, um militante.

O próximo passo, a meu ver, seria assumir de vez este orgulho em ser o que sou... perante aqueles que jamais imaginariam que eu pudesse ser o que sou. Sim, a hora de revelar meu grande segredo. Mas isso, fica para uma próxima! ;-)

Ass.: L.

Dicas de Música: O Lado B do L.

O meu maridón L. tem um gosto bem diferente de músicas, ele gosta também de algumas coisas Pops, mas curte coisas bem oitentistas ou fora do circulo comercial. Tem algumas musicas que confesso que torço o nariz, mas têm outras que acabam fazendo parte do meu playlist depois de conhecê-las.

Selecionei as mais “normalzinhas” para compartilhar com vocês, quem sabem também não entrem no playlist de vocês.

* ARCADE FIRE

Na época que fazíamos parte de um site de cultura pop, foi apresentado para o L. Desde então ele gosta de suas músicas. Então eu apresento para vocês a música “Wake Up”, quefoi bem vinculada na época de divulgação do filme “Onde Vivem os Monstros”. Após ver este trailler (veja clicando aqui), a música fica viciante aos seus ouvidos.

Veja a banda tocando:



* DEATH CAB FOR CUTIE

Também é outra banda que faz parte do MP3 de L. Mas, por ironia do destino, esta banda com carinha de Cult acabou fazendo parte da trilha sonora do filme “Lua Nova”. Aliás, uma trilha sonora totalmente sem ligação nenhuma com a trama teen-emo-vampiresca. Fiquem com a música “Meet me at the Equinox”.



* HOLGER

Este é um grupo nacional que canta em inglês. O grupo ainda não tem CD gravado, mas sua musica “No Breakes” já virou tema de vinhetinhas na MTv e Multishow. Mais um que entrou na lista L. e também na minha.



Então é isto, fico aqui com as Dicas de Música, com uma seleção tirada da playlist do L.

Ass.: R

Gays nas séries de TV

Sempre comento por aqui sobre a série “Brothers & Sisters” e sobre o tratamento que dão encima do relacionamento gay entre um casal. Mas, felizmente não só esta série esta fazendo sua lição de casa neste assunto, outras séries estão se adaptando ao tema muito bem.


* VIRTUALITY

Apesar de ter sido apenas um episódio piloto e a série ainda não ter sido confirmada de ter sua primeira temporada, foi um acerto em falar de casais gays. A série que mostra uma espécie de reality show que acontece numa espaçonave com astronautas, mostrou um casal gay (bem casado) no meio da tripulação. A nuance encima da trama foi bem leve, fazendo a gente aos poucos saber que eles são um casal.


* CAPRICA

A série é o atualmente os “ovos de ouro” da rede de Tv SyFy. Foram investidos muito em tecnologia e efeitos. A série que serve como prequel para os acontecimentos de outra série, a “Battlestar Galactica”, mostra um presente futurístico, cheio de religiões e terroristas. Entre os personagens principais, esta o clã Adama, alienígenas do planeta Tauron.

Durante os primeiros episódios é revelado que Sam Adama é gay e casado. E isto acontece em um papo bem normal entre ele, seu companheiro e seu sobrinho. Nenhum momento na intenção de chocar, era apenas um detalhe na conversa.

Gostei bastante do cuidado deles com o assunto.


* GREEK

A série que já esta em sua terceira temporada, fala das aventuras e desventuras de pós-adolescentes numa faculdade. Trotes, fraternidades, festas, namoros e tudo mais.

A série conta com o personagem Calvin vivido pelo ator Gregory Michael. A abordagem é bem mais perigosa que as anteriores, pois se tratam de um casal gay e uma relação inter-racial. Apesar de toda esta Obamania, o Estados Unidos ainda conta com o alto nível de preconceito. E mexer com estes dois tabus pode ser bem difícil.

Mas, até o momento, a série continua muito bem. E no episódio de “Dia dos Namorados” o casal ganhou até uma cena muito romântica.

Então é isto, como falei antes, tem coisa melhor do que assistir Big Brother. Vejam estas séries que tratam os gays como qualquer personagem comum. Pois isto que somos, gente como qualquer outra pessoa.

Ass.: R

Não vou falar mais de Big Brother

Bem, não to mais a fim de falar de Big Brother Brasil e muito menos ver. Por quê? O programa é fútil. O programa é acultural. E também não gosto das pessoas que acompanham - não aquelas que vêem o programa e comentam de vez em quando, mas aquelas que dão importância demais a ele.

Em minha opinião, ele é apenas uma fonte de fotos e vídeos para meu outro blog mais safadinho, não passa disto. Não vou ficar me esgoelando por que quero que um vença ou que outro saia. Perda de tempo.

Na semana passada e no inicio desta, recebi uma enxurrada de e-mails e comentários neste blog e no outro, de uma campanha contra o Marcelo Dourado. Diz que ele é homofóbico e tudo mais. E que teria que sair da casa, pelo jeito a campanha não deu muito certo, né ;)

Então se vamos fazer uma campanha pelo que é “certo”, então fazemos uma campanha para tirar o Pedro Bial da apresentação. Há algum tempo atrás, surgiram algumas notícias na mídia que afirmavam que o sujeito espancou a mulher e bateu na sogra. Em outra situação, durante uma matéria sobre balé no “Fantástico”, disse que "balé é coisa de viado". Quer coisa mais ofensiva e preconceituosa do que esta?

Estava lendo um post no Te dou um Dado, que também estão contra esta campanha e comoção toda em cima do programa. Nele, eles citam que o Michel por duas disse que espancaria uma mulher. E ae? Vai haver uma campanha feminista para isto também?

E a novela “A Favorita”, em que o gay assumido vivido pelo ator Iran Malfitano, deixou de ser gay para ficar com a personagem de Débora Seco. Tem coisa mais homofóbica do que isto, dizer que um gay pode deixar de ser homossexual?

E o outro gay, que fizeram campanha para ele ganhar o Big Brother. Depois de tudo ele acrescentou algo para nós, além de aparecer em colunas de fofocas com vários caras diferentes, aumentando a fama do gay ser promiscuo.

Então gente, desligue a TV, saia um pouco de casa, leia livros. Se quer fazer uma campanha contra a homofobia , se associe a alguma ONG. Pois eles precisam de muita ajuda com o preconceito real que acabam em espancamento e morte. E parem de se preocupar com um programa, aquilo tudo é apenas um jogo valendo dinheiro. Se pudessem vender a mãe, grande maioria dos Brothers fariam isto para pegar a bolada.

E se coisa mais interessante na TV, voltem quarta-feira que tenho uma matéria sobre o novos gays nas séries de TV, com certeza vai ser muito mais produtivo.

Ass.: R