segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Diário do Leitor


E trazemos mais uma colaboração de nossos ilustres leitores aqui no blog, o leitor W resolveu falar de sua homossexualidade através de uma confissão e uma amizade.

"Meu nome é W, e há um tempo você pediu que escrevemos algo relacionado a minha homossexualidade. Não escrevi antes porque estava sem tempo, então aqui vou eu =D.

Sou nerd (algo que agora é moda, mas antes eu era zuado por isto), e sempre fui tímido. Na época da escola, não ficava com nenhuma menina, não tinha nenhum desejo de ficar com elas, na verdade não tinha desejo de ficar com nínguem. Era um nerd clássico, só me interessava pelo estudo.

Quando eu entrei na faculdade, fiquei amigo de um carinha hétero, também fiz outros amigos, mas com este carinha me aproximei muito. Ainda me interessava mais pelo estudo, e não reparava que a minha relação com este amigo hétero estava se tornando quase um namoro.

Hoje com calma, eu consigo olhar para esse período, e ver que a minha relação com ele, para mim, desde o inicio era mais do que uma relação de dois amigos. Nunca rolou nada entre a gente, mas agíamos como se fossemos namorados. Isto era tão nítido, que todos da sala acreditavam que éramos namorados. Só quem sabia que isto não era verdade, eram os outros amigos que conviviam com a gente.

Com o tempo, a nossa relação foi ficando tão intensa que ficou claro para ele, que estávamos agindo como namorados, e ele começou a se afastar de mim. Hoje não falo mais com ele, e mesmo sabendo que nunca teremos mais nenhum tipo de relação, eu continuo amando ele.

Com o afastamento dele, comecei a me aproximar mais dos meus demais amigos (antes vivia pelo carinha hétero). E com eles, comecei a pensar em relacionamentos. Eu até namorei uma menina na época da escola, mas depois dela, não fiquei com mais ninguém, ou seja, quase meus quatro anos da facu, sem ficar com nínguem (falei que era nerd).

A namorada de um dos meus amigos, disse que ia me ajudar (não tinha pedido a ajuda dela). E ela basicamente fez uma lista das amigas dela que eu deveria tentar namorar. Foi neste período (q foi assim que terminei a facu), e comecei realmente a pensar sobre a minha sexualidade. Sem estudos na minha mente, e com a pressão da namorada do meu amigo, foquei na minha sexualidade. E vi que não sentia desejos por mulheres.

Sinceramente, eu não sei como acontece com as demais pessoas, mas para mim foi algo simples, assim que tive a mente livre do foco que eu tinha no estudo, ficou claro que eu sempre fui gay e que eu me focava no estudo para não ter que pensar sobre isto.

Assim que notei que era gay, contei para meus amigos, porque eles estavam meio que me pressionando para namorar, já que eu era o único solteiro (na verdade ainda sou XD). Eles são todos héteros, e antes de contar para eles, achava que iam deixar de ser meus amigos, ou sei lá, se afastarem, mas aconteceu completamente o contrário. Eles me apoiam e até me ajudam na medida do possível para arrumar um namorado.

Por mais que meus amigos são legais comigo, eles são todos héteros, e por causa disso, acabo frequentando mais lugares "heteros". Eles não curtem baladas e bebidas, assim como eu, então vamos mais a restaurantes, cinemas e shows. Esses programas são legais, só que indo apenas a estes tipos de lugares, não consigo ficar com nínguem. Até foi pra balada GLS, mas como não tenho com quem ir, só foi três vezes.

Por fim, estou na procura de um namorado que tem gostos mais parecidos com os meus, mas tá difícil. Qualquer dica serei grato =D."


Bom texto, não é?

Quer escrever também o seu texto, mande e-mail para:
digaxisparaopassarinho@gmail.com ou 26raylight@gmail.com

O texto deve estar no corpo do e-mail, não em anexo.

Ass.: R

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O Universo chamado Avenida Paulista!


Bem, sou um privilegiado, em dois anos morando aqui em Sampa, já fiz parte da República, trabalhei na Lapa e agora, estou fincado na Avenida Paulista.

Paulista é deslumbrante, ela é cult, executiva, gay, geek, nerd, culta, da moda, ela é a pura concentração de variantes de culturas no Brasil. Enquanto a República é uma junção de povos e tribos, a Avenida Paulista é o palco da cultura em todos os sentidos.

Lá você encontra o que você quer comer, o que você quer assistir, o que você quer vestir, o que você quer ler, o que você gosta de dançar, e mais importante, onde você pode trabalhar.

Às vezes é um problema, pois ela meio que libera o bichinho consumista que existe em você. Pois são tantos lugares para experimentar comidas, tantos lugares que você se vê vestidos nas roupas, fora os livros, CDs e DVDs que desfilam em sua frente. Então, para frequentar este lugar, auto controle e mão longe de cartões de crédito.

Uma vez o L. falou que se impressiona, quando estamos fora do horário de verão e a noite chega mais rápido, andamos pela Paulista após o trabalho, e é bonito ver seus vários prédios comerciais com suas janelas que parecem pixels iluminados.

E você constata que lá a vida não para, trabalho 24 horas, que a noite disputa as atenções com o lugares para comer, dançar, a ferveção pansexual da Augusta, as baladas gays na Frei Caneca, os cafés 24 horas da Haddock, a Paulista realmente não para, suas ruas são como fluxos sanguíneos, dias e noites.

Por mais que eu seja do litoral, de uma cidade pequena, que adora sentar a noite na praia e ver o mar contrastar com a Lua, também tenho que dar o braço a torcer, que a Paulista também algo que faz bem aos olhos.

São Paulo é uma selva de pedras, que assusta e polui seus olhos, mas tem coisas também que devemos relevar, e com certeza apreciar. Seja um cafezinho a meia-noite, aquela lojinha de miniaturas que você não encontra em lugar nenhum, aquela loja de gibis, a mini-cidade chamada Livraria Cultura, a massa gay que se espalha a noite pela Frei Caneca, aquele picnic embaixo do MASP, entre várias coisas que nos fazem nem por lá.

Pois é, estou aprendendo a gostar mais de São Paulo, não mais do que Santos, mas posso dizer que estou detestando menos Sampa :D

Ass.: R

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dicas de Filmes: O Primeiro que Disse


Faz um tempinho que vi este filme, mas como o blog estava desativado, resolvi agora falar sobre este filme como dica para vocês leitores. O filme italiano é de 2010, o título original é “Mine Vangati”. Como grande maioria dos filmes que falo por aqui, também tem cunho homossexual.

O filme mostra a história da família Cantone, com destaque para o filho Tommaso Cantone. Que tem sua vida fora da cidade natal, onde sua família tem uma tradicional fabrica de macarrão. E nesta vida fora dos olhares paternos e maternos, vive sua homossexualidade livremente com um namoro fixo e faz a faculdade que sonhava, não que a família queria.

Uma família tradicional italiana barulhenta. Uma tradicional matrona, uma avó com um misterioso passado, um pai conservador e machista, uma tia ninfomaníaca que adora as visitas noturnas de um pretenso ladrão, um cunhado aproveitador, entre outros.

Mas, Tommaso tem que voltar a sua cidade para um jantar familiar, onde todos sabem que seria anunciado um futuro substituto de seu pai na frente da fabrica de macarrão. Seu irmão mais velho seria o mais provável, já que esta a frente dos negócios a tempos, sua irmã que é até competente não seria por machismo de seu pai, e poderia haver uma pequena possibilidade de ser Tommaso.

Se fosse Tommaso, teria que abandonar sua vida na outra cidade, o que dificultaria sair do armário e continuar seu namoro, já que sua família é totalmente preconceituosa. Então Tommaso conta a verdade para seu irmão mais velho e diz que vai anunciar a todos sua homossexualidade, durante o jantar.

Mas, para surpresa de Tommaso, antes que possa abrir sua boca no jantar, seu irmão mais velho faz a revelação primeiro, se assumindo gay, que causa sua expulsão da família e um principio de infarto para seu pai. O inevitável acontece, seu pai adoentado pede para Tommaso tomar as rédeas da empresa, coisa que ele nunca quis na vida. Mas, não pode negar isto ao seu pai e a sua família.

Nos negócios da família ele conhece a intensa e bela Alba Brunetti, ao qual acaba se envolvendo numa amizade que fica meio colorida, confundindo seus sentimentos. E as coisas só se confundem ainda mais, quando seu namorado Marco faz uma visita surpresa acompanhado de amigos bem “alegres”.

Tommaso tem que lidar com o segredo que deve contar, pelos sentimentos por Alba, o amor por Marco, e lidar com que a família não repare no comportamento suspeitos de seus amigos.

Uma comédia bem leve, sem ofender a inteligência de ninguém. Ótima para assistir num domingo à tarde. E com um elenco muito afinado.

Veja um trailer:



Ass.: R

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Um Casal em Sampa – Parte 21 – Junho continua...


Pois é, o mês de Junho ainda não terminou neste resumão das nossas vidas em Sampa. Como havia comentado no post passado, minha saúde foi extremamente afetada, tive uma febre intestinal que fez ficar dias de cama.

Recebi uma ligação de meu chefe, para vir trabalhar já na Avenida Paulista. Já não pertencia mais a equipe da Lapa. No inicio iria ser um tipo de auxiliar do L., trabalhos dois dias juntos, até minha transferência ser completada para outro setor no mesmo prédio.

Enquanto isto, a minha ex-companheira desacatou varias vezes nossos superintendente, o que lhe serviu de futuro desligamento. Ele contratou outra pessoa, e depois que ela passar todo o trabalho para esta pessoa, será desligada na empresa.

Sabe, é muito chato isto. Pois todo mundo no inicio apoiou muito ela, mas ela demonstrou não ter perfil para coisa, não saber esta a frente de uma equipe, mesmo que a nossa que era tão pequena formada por ela, eu e a outra menina.

Bem, o novo serviço a responsabilidade foi redobrada. Mas, com minha experiência na outra função, fez com que eu já estivesse familiarizado com o novo serviço. A equipe é muita mais contida que a anterior, tem um gay também nesta equipe, mas muita na dele e muito gente boa. E você vê aquele pessoal todo sem nenhuma piadinha de mau gosto ou degradante a ele, pelo contrario, ele é muito respeitado e adorado por todos.

Fiz amizade com as pessoas mais próximas a minha mesa, mas aprendi a lição de não levar tão adiante uma amizade de trabalho. Às vezes ela não passa disto, apenas colegas de trabalho, e não vou querer me decepcionar mais uma vez. Então ficarei na minha.

Bem depois de estar nesta nova função e estar deslumbrado com a Avenida Paulista (Ô lugar bão para trabalhar). Fez com minha vida pessoal também entrasse na paz, e também fazer o L. ficar menos preocupado com minhas condições anteriores.

Com o novo salário, já estou ajudando minhas sobrinhas em Santos e podendo fazer pequenas extravagâncias.

Neste mês fizemos algo diferente, vimos o musical “Mamma Mia” (que por sinal é muuuito bom, nem liguei para as letras em português). E para comemorar o aniversário do L., fomos jantar na Augusta, num lugar super legal chamado Frevo, e depois fomos ver “Meia-Noite em Paris”.

Finalizamos a noite na Frei Caneca, num barzinho gay, olhando o movimentado mundo GLS, e encontramos meu primo caçando por lá (:D). Terminamos a noite abraçadinhos na cama e passamos um domingo preguiçoso vendo séries e filmes na TV.

Bom, enfim tenho paz. E parece que as coisas entraram no trilho. Então, com certeza devo ter mais coisas boas para contar nos próximos posts.

Ass.: R

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dicas de Filmes: Contra Corrente

A pedidos, voltamos com mais dicas de filmes, que em grande parte são GLS (é claro).


Hoje trago a produção “Contra Corrente” (que também pode ser encontrada com os títulos “Contra Corriente” e “Undertow”), filme produzido em 2009 no Peru, e só agora apareceu em terras brazucas. Filme de uma sensibilidade impar, que mostra que a homossexualidade vai muito além do estereótipos mostrado em grande filmes do gênero.

Tudo se passa numa vila bem simples de pescadores, onde Miguel (vivido pelo ator Cristian Mercado) divide sua vida com o mar aonde vem seu sustento e o casamento com a esposa Mariela, que esta grávida de seu primeiro filho.

As coisas mudam com a chegada do fotografo e pintor Santiago, que vindo da cidade grande, se instala na vila para exercer seu talento. Com a amizade próxima a Miguel, acaba ganhando novas cores, e chegando ao extremo de um relacionamento gay.

Mas, um acidente no mar, faz com que Santiago desapareça, como ele já seguia toda a crença dos pescadores, que diz que sua alma só terá descanso quando seu corpo for encontrado e feito o funeral conforme a crença. Seu fantasma fica preso a vila.

E Miguel começa a viver um drama de conviver com sua mulher, ao mesmo tempo com o espírito de seu grande amor, que pode ir embora para sempre. E os eventos que vem a seguir (que não vou contar para não estragar o resto do filme), acaba colocando ele em cheque, assim como seu relacionamento com a família e os amigos.

Apesar deste tom sobrenatural, não pense que a coisa acaba no escracho como “Dona Flor e seus Dois Maridos” ou “Ghost”, e sim, tudo é tratado com todo o cuidado, e certo carinho pelo diretor e o escritor da trama.

Só sei que é uma experiência válida, e até um pouco dolorida de assistir, mas vale por todo o contexto, (que assim como “Brokeback Mountain” e “Pecados da Carne”) que sai totalmente dos centros urbanos e das velhas histórias de gays que contam por aí.

Uma curiosidade, durante o filme, eles assistem a novela brasileira “Direito de Amar” e elogiam a beleza do nosso falecido Lauro Corona.

Vejam o trailer



Ass.: R

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O Lado Sério convoca vocês!



Contamos com a participação de vocês. Mande um texto contando seu lado gay: como foi a primeira vez, descobertas, agruras, felicidades, namoros, família, relacionamento. Qualquer coisa que você queira falar relacionado a sua homossexualidade.

Siga algumas regras:

* Não use palavrões;
* Mande o texto no corpo do e-mail, não mande em arquivo anexo;
* Diga se quer que seja publicado seu nome no texto ou não.

Seguindo estas regrinhas básicas, mande seu texto para o e-mail:
digaxisparaopassarinho@gmail.com ou 26raylight@gmail.com

Aguardem que logo seu texto vai ser publicado.

Não sejam tímidos, usem este espaço.

Ass.: R

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Um Casal em Sampa – Parte 20 – Maio/Junho


Enfim, ultrapassamos os primeiros meses por nossa conta. Conseguimos balancear nossas despesas, caprichamos nas horas extras, e enfim, podemos ter uma vida confortável, é claro, sem móveis na sala ainda, mas com um quarto aconchegante que vale muito mais.

Mas, nem tudo são flores, no departamento que eu trabalho, nosso supervisor foi transferido para outra área, ficamos sem supervisor. A pessoa ao qual mais me identifiquei e que se mostrou grande amiga, como era a mais velha (mais tempo de casa) no local, assumiu a liderança da célula.

Apesar de não ser intitulada como líder por nosso supervisor, ela assumiu a função, e foi apoiada por mim e por nossa outra companheira de trabalho. Mas, tem certas pessoas que não tem perfil para a coisa, não sabe o que é realmente liderar, e perde totalmente o controle da situação, confundindo liderança com militarismo.

No início houve vários confrontos verbais com a outra menina, o que valeu almoços desgastantes, discussões de nível de poder, entre outras coisas mais. Não demorou para a situação descontrolada da nossa “líder” me atingir. Eu, que sou uma pessoa muito calma, cheguei ao limite após minhas funções entrarem em cheque, tive uma discurção calorosa com a mesma.

Apesar de nosso superintendente continuar a dizer que ela apenas é a cabeça da equipe e não é a líder, fui acometido do tal “assédio moral”. Coisa que a gente só vê em filmes, jornais e matérias na internet.

A situação transformou meu dia a dia no serviço em um inferno, com diversas diretrizes do meu trabalho mudando, sem contar com os mandos e desmandos, humilhações e demonstração de poder.

Quando você sabe que não fez nada errado, sabe que é responsável por seu trabalho, cumpre com que tem o que cumprir, ver uma pessoa tentando te derrubar, te denegrir e tentar o tempo todo te humilhar, faz você se sentir muito mal.

Isto acabou me fazendo muito mal, afetando minha saúde, o que me fez ficar afastado alguns dias do serviço. Foram dias de cama e muita febre. Tive que deixar o verdadeiro responsável pela célula ciente da situação.

Para meu espanto, o próprio estava muito infeliz com o trabalho dela, que ela havia já um histórico bem pesado de falta de ética e que ela já estaria na lista de prováveis demitidos. E que eu ficasse em paz, que ele estaria já cuidando de minha transferência.

Por mais que eu estivesse feliz em ir trabalhar na Av. Paulista, meus nervos já em frangalhos, não admitia minha volta ao meu antigo trabalho. Mesmo que se eu passasse apenas um dia por lá, ainda seria muito sofrimento psicológico.

Mas, como tudo na minha vida, tive que respirar fundo e encarar. O que importava, é que trabalharia perto do meu maridón, o que daria uma rotina mais presente entre nós dois. Teríamos mais tempos para ficar juntos, como a ida ao trabalho e os almoços.

E que venham mais novidades, boas... por favor ;)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Oh Amy!


Não sei se é meio tardia, mas resolvi fazer esta homenagem a Amy Winehouse, um pequeno texto dando a minha visão sobre a pessoa e a cantora.

Meu primeiro contato com a Amy não foi dos melhores, tudo por causa da super exposição da musica “Rehab”, a música tocou tanto em todos os lugares que acabei pegando um pouco de ódio da música. Fui fazer as pazes com a música no ano passado.

Mas, depois, como tenho paixão por vozes femininas, dei mais uma chance para a Amy, e acabei curtindo e virando presença firme em minhas playlists e MP3.

E com muito pesar que na tarde de sábado soube da sua morte. Foi uma grande pena por causa da música e por causa dela. Deu uma grande pena, e um aperto (sem demagogias) ao meu coração saber que o triste clichê havia atingido em cheio.

Todo mundo gosta de julgar do jeito que ela levou a vida, de como ela cedeu às drogas, mas como é você estar no show bis, você com apenas vinte e poucos anos estoura com um disco que tem alcance mundial, e virar referência nas vozes femininas.

Com 24 anos, você já tem alguns grammys, prêmios britânicos, prêmios da MTV e outros mais que não conseguimos enumerar. Você é conhecida mundialmente, adorada e com uma legião de fãs em seu encalço.

Seu rosto é capa das revistas e jornais, pelo bom sentido e pelo mal sentido. Todos esperavam sua cara de drogada, seu tombo, seu porre, seu peitinho saindo da blusa. Você estava 24 horas sob vigilância, de olhares maldosos, julgadores e da imprensa marrom.

Você tem 20 em poucos, e o grande amor de sua vida é uma pessoa embrenhada nas drogas, mesmo você já tendo experimentado, você tem a lua de mel de seus sonhos ao lado dele, são dois meses de sexo, arranhões e drogas, muitas drogas.

Você vê sua mãe perdendo a fé em você, vendo seu pai ao mesmo tempo parecendo protetor na mídia, mas por trás, aproveita o seu sobrenome agora famoso por causa de você e lança sua carreira de cover do Frank Sinatra.

Você esta sozinha, seu ex-marido esta na cadeia, a Rehab não te ajuda, o estúdio não aceita suas novas idéias e nem suas músicas, mesmo tendo enriquecido com seu disco anterior. Você tem novos namorados, mesmo com sua péssima aparência, eles se aproximam pelo destaque em qualquer mídia.

Você tenta dar a volta por cima, apadrinha um jovem novo talento, reaparece com uma aparência até uma pouco mais saudável, mas nada faz você escapar do destino selado, morrer aparentemente sozinha, acompanhada apenas de suas drogas.

Que triste fim de um talento, de uma novidade no mundo dá musica depois de tantas britneys, beyonces e rihannas. À volta por cima da black music, do soul, do jazz...

Que triste fim de uma menina, sim, uma menina. Em sua última aparição, no show de sua afilhada musical, ela dançava com a aparência juvenil. Mesmo depois de tantas drogas, bebidas, sexo e tatuagens, você consegue enxergar uma menina, que sofre de amor, que fica bem claro em suas músicas, uma menina de alma apaixonada.

Mas, lá se foi a “drogada” Amy, e continuamos com seu legado. De apenas um disco de sucesso, mas que alcançou tanto do que muitos cantores, cantoras ou bandas com uma grande discografia.

Oh, Amy! Só fica saudade! Pois sabemos que por mais que escutemos você, são apenas gravações, pois sua voz se calou.

Ass.: R

terça-feira, 26 de julho de 2011

Uma Semana Especial


Depois de um dia especial, chegou uma semana especial. Sei que parece repetitivo, mas não tem coisa melhor do que comemorarmos dias, semanas e meses especiais. E esta semana que começa nesta terça-feira e vai até a próxima segunda, esta muito especial para este que vos fala... ou melhor... escreve.

Em 26 de Julho de 2003, após um turbulento e triste ano de 2002, com a perda do meu pai, minha obsessão por emagrecer, as primeiras grandes decepções amorosas homossexuais. Mas, meio que houve uma trégua para mim, pois num balcão GLS em Santos (hoje, infelizmente substituído por uma loja da Kodak), encontrei para primeira vez o amor de minha vida.

Sim, meus caros, hoje completam Oito anos que eu e o L estamos juntos. E atravessamos até a “mardita mardição” dos Sete anos. Claro que o último ano não foi fácil, mas passamos por ele e vencemos. E o nosso premio, é nosso amor, cumplicidade, carinho e um companheirismo que só nos faz bem.

Mas, por que esta semana é tão importante?

Pois em 1º de Agosto de 2009, eu e o L. demos um passo decisivo nas nossas vidas, deixamos o litoral e fomos conquistar nossa vida a dois aqui em Sampa. Tropeços, alegrias, desconfianças, decepções, tudo que faz parte de nossas vidas, acabaram sendo deixados de lado pelo amor comum entre nós.

É, dois anos de casados, Dois anos dividindo colchões, camas boxes, colchões de ar e enfim, nossas caminha normal de casal. E é claro, as futuras camas novas, camas de hotéis e é claro, camas de motéis, pois ainda temos muito que fazer em quatro paredes.

Não somos mais atléticos, mas temos nossos charmes, não temos mais 20 aninhos, mas temos uma vida inteira para frente. E o mais importante, com uma conquista cada vez mais difícil no mundo gay, a conquista de uma cara metade.

Então feliz Oito anos, Dois anos e futuros anos.

E o que importa, não só o que passou, mas o que temos a frente a conquistar.

Que venham mais!!

Ass.: R

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O fim de Brothers & Sisters


Vocês podem até me chamar de brega ou fã de novelões, mas eu amava assistir todo o drama gerado pela família Walker, a cada episódio da série Brothers & Sisters. Série que chegou ao seu derradeiro fim nesta quinta temporada, após muitos altos e baixos das temporadas anteriores.

Surgida em 2006, nas suas três primeiras temporadas, a série foi recheada de elogios e muitos prêmios, foram indicados a muitos emmys e ganhou um pela a atuação de Sally Field, fora isto, levou quatro indicações pelo Globo de Ouro, além de ganhar mais nove prêmios e mais dezoito indicações.

A série inicia com a morte do patriarca da família, o que desencadeia milhares de acontecimentos, como a guerra pela liderança da empresa, mudança de rumo de alguns personagens, a aparição de uma amante e de uma suposta filha bastarda.

Em suas cinco temporadas a série conseguiu discutir variados assuntos, entre eles separação, traição, golpes empresariais, câncer, adoção entre casais heteros e homossexuais, namoro com diferenças de idade, barriga de aluguel, política, AIDS, drogas, traumas de guerra, amor na terceira idade, morte, eutanásia, ética no trabalho... entre outros variados assuntos, que fariam esta lista ficar interminável.

Mas, seria demagógico da minha parte, não citar minha identificação com a série, por causa do personagem gay feito pelo ator Matthew Rys. Uma das primeiras séries que mostram um personagem gay sem se preocupar com estereótipos.

Matthew é Kevin Walker, advogado formado que é muito bem sucedido nas primeiras temporadas, ele tem um comportamento sem muitos excessos (coisa que geralmente estereotipa os personagens gays). E acaba passando por várias experiências, conhecendo vários parceiros, até achar seu grande amor da vida, Scotty (vivido por Luke MacFarlane). È claro, que o casal passa por dificuldades, como qualquer outro casal, mas conseguem se casar, abrir um negócio juntos e pensar em filhos.

A série dá também outra visão da homossexualidade, com o personagem Saul, irmão da matriarca da família. Solitário e dedicado ao trabalho, após a aposentadoria, tem que repensar sobre sua situação, homossexual na terceira idade e com toda aquela carga de preconceito acumulada há anos.

Às vezes a série pesa a mão com o dramalhão, ou até por episódios non-sense, como aquele com a Sonia Braga. Mas, não podemos deixar de pontuar toda a sensibilidade que é cuidado cada assunto, sem se preocupar em chocar, apenas em mostrar a realidade, mesmo nua e crua, mas muito bem resolvida.

Infelizmente, os anos não foram muito agradáveis a série, que sofreu com perda de elenco, com alguns virando estrelas e fazendo só alguns episódios, e com roteiros que não correspondiam mais aquele peso dos episódios anteriores.

Então, o fim foi inevitável. O episódio final representou bem a série e deu aquele aperto no peito de saber que os dramas da família Walker vão ficar no passado e não veremos mais aqueles personagens mais por aqui depois de 110 episódios.

Que fiquem em nossas memórias.

Ass.: R

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