quinta-feira, 30 de abril de 2009

Casa de recuperação


Acabamos de inaugurar a "Casa do Caminho do São Jorjão". Que tem como meta a recuperação de jovens que tenham entrado no caminho da feminidade. Um tratamento natural, e sem contra indicações, que devolverão ao convívio um gay macho.

Nas salas de aula, com professores formados na "Academia São Marcão", teremos algumas matérias importantes:
> Educação Moral - nela você descobrirá as boas maneiras de escolher a roupa em tons pasteis e com cores que não se destaquem na multidão ou que precisem de pilhas;
> Português – a re-introdução (no bom sentido) da língua portuguesa, e o não uso de vícios de linguagem: tipo Racha, A Loca, Xuca, Bofe e outras;
> Educação Física – toda centrada no gesticular, andar e qualquer requebro a mais ao qual seu corpo esta condensado. Tiramos do seu corpo a Gisele escondida;
> Música – com várias lições na voz. Transformando Tete Espindola em tenor. Engrossando a voz;

Este é apenas algumas das matérias que ajudaram você se libertar deste vício. Se tudo não der certo, ainda temos o especialista em exorcismo, João Tronco, que promete em apenas uma noite retirar de seu corpo qualquer Drag, Paquita ou algo que esteja tirando você do caminho masculino.

Venham conosco, as matriculas estão abertas. Fornecemos uniformes, por favor, deixar os glitter e brilhos labiais em casa. Traremos sua força macha de volta, ou devolvemos seu dinheiro.

PS.: Não se ofendam, gente. Isto foi uma brincadeira surgida após uma conversa com meu primo e meu namorado. ;)

Ass.: R

terça-feira, 28 de abril de 2009

IMAGEM NÃO É NADA - parte 2 de 2


VEJA A PRIMEIRA PARTE ABAIXO

Uma segunda experiência, conheci o cara na net, e fomos nos conhecer, sugestão de ambos foi andar no calçadão da praia. Cheguei, fiquei muito espantado como ele era bonito, com o corpo magro, cabelos loiros e olhos verdes. Mas, a conversa foi horrível, o cara era estranho ao quadrado. Tentei alongar a conversa para tirar o conceito, mas só piorava. O fim foi quando ele falou que os portugueses só ferraram o Brasil, pois se misturaram com negros, e criaram grandalhões mestiços e burros.

Não teve jeito, naquela hora a conversa esfriou, soltei a desculpa que precisava ir embora (na época morava longe da praia). E trocamos telefones. Ele tentou insistir, chegamos até nos encontrar na rua, onde ele me chamou para um cafezinho, mas sempre dizia que estava ocupado.

Já, tive uma grata surpresa, fazia poucos dias que tinha perdido meu pai, e estava no ápice da carência. Até que encontrei um cara de bom papo no bate-papo e fomos nos encontrar no shopping. Chegando a mesa combinada, fiquei decepcionado, ele parecia mais velho do que dizia e também não me atraia nenhum pouquinho com sua aparência física. Sentei por educação, peguei uma água para enrolar, mas a conversa fluiu, no fim tomamos um lanche lá e ficamos mais de duas horas conversando.

Chamou-me para ir ao apartamento, pois tinha uns amigos lá e não queria deixá-los mais muito tempo sozinhos (nossa conversa foi tão boa, que ele esqueceu deles). Chegando lá, o pessoal estava comendo sanduíches, e ficaram uma meia-hora se despediram dele e desejaram sorte. Foi aí que eu soube que ele ia para o outro lado do Brasil, ficar lá a trabalho. Foi decepcionante, ele parecia ser “o cara”.

Fomos para o quarto dele, nos beijamos, tiramos a roupa, mas ele viu que eu estava tão caído, que resolveu que não iríamos transar, deitamos os dois pelados abraçados na cama, enquanto ele me fazia carinho. Ficamos até o fim da noite assim, ele me levou para casa de carro. E soltou uma metralhadora de elogios para mim, e que queria muito tentar, mas a distancia ia estragar tudo, pois ele não seria muito presente na minha vida, é para um relacionamento isto era importante.

Ficamos os dois arrasados, ele falava baixo se deveríamos tentar, mas nós dois sabíamos que não iria dar certo. Então, aquele que achei feio, não atraente, me deixou com o coração na mão, e mostrou ser tão bom quanto qualquer homem bonito que encontraria. Pois é, o feio foi o que mais balançou o meu coração, naqueles momentos de busca, antes de encontrar o meu grande amor.

O que eu quero deixar bem claro para vocês, não é para catar o primeiro feio que ver na frente, mas não ter este pré-conceito antes de conhecê-lo realmente.

Pois, tudo que é bonito, um dia vai embora.

Ass.: R

segunda-feira, 27 de abril de 2009

IMAGEM NÃO É NADA - parte 1 de 2


Estava eu conversando com um amigo, e ele que esta em busca da cara metade, me disse que encontrou uma pessoa muito legal, mas não se sente atraído fisicamente. Eu já levantei a bandeira “de uma chance”. As vezes em primeira mão, não há aquele felling, mas nada que não possa mudar com um segundo encontro, uma segunda conversa e tudo mais.

Não estou falando para forçar a barra, se realmente não rolou a química, não tem jeito. Mas, estou só mostrando que a primeira impressão é a que fica, e as vezes ela é completamente errada. Uma conversa, um tempinho a dois, pode mostrar que a coisa não é bem assim, e que sim, ela pode virar atraente.

Sei, que com meu namorado, quando o vi pela primeira vez, senti apenas uma atração extremamente sexual, eu tinha passado por dois relacionamentos terríveis, e não estava afim de algo além de sexo. E olha só no que virou, um relacionamento que completa em julho, 6 anos. Tive algumas experiências de sapos que viram príncipes, e vice-versa.

Conheci um cara num bar, nos paqueramos visualmente por um dia, ate que no segundo, ele chegou a mim e começamos a conversar. Quatro anos mais novo que eu, ultimo ano de fisioterapia, mineiro, lindo de morrer e com uma puta pinta de macho. Papo vai e papo vem, acabei indo para o apartamento dele para a gente ouvir musica (ingenuidade). Lá, ele mostrou sua especialidade: massagem.

Já viu né, tira a roupa para fazer direito, a massagem começa fugir das mãos para a boca, e la vai. Chegou a minha vez de fazer massagem, enfiei a mão naquelas costas bonitas, sem espinhas, queimada, comecei a beijar, puxei sua bermuda, aquela bela bunda com uma marca de sungão. E fui me aproximar, quando meu nariz entrou em contato com a região... um grande cheiro de bunda suja.

Sim, eu sei que isto pode ate acontecer durante uma relação sexual, acidentes acontece, mas não havia rolado nada, o rapaz antes de sair deu um barrão, e nem se limpou direito. Foi difícil conter a cara de nojo, e o quase broxamento, o cara lutou muito para eu enfim ejacular. E sério, não quis mais ver o cara. Não é frescura, sou só uma pessoa higiênica. Eu nunca iria pensar que aquele monumento iria ter cheiro de bosta.

O texto continua amanhã ;)

Ass.: R

domingo, 26 de abril de 2009

Dicas de Música: Paolo Nutini

É incrível, quando você nem tem noção de quem seja o artista, mas na hora que houve uma música fica ligado a ela. Gostei tanto, que fiz uma busca e encontrei o clipe. Uma delicia de se ouvir.



Quis compartilhar com vocês ;)

Ass.: R

sábado, 25 de abril de 2009

A Casa do Fim do Mundo


Mais uma dica de filmes para vocês. Trata-se de “A Casa do Fim do Mundo” (A Home At the End of The World), adaptação do romance do premiado autor de “As Horas”, Michael Cunningham. Estrelado pelo belo ator Colin Farrel.

O filme mostra a vida de Bobby Morrow (vivido por Farrel), que apesar das sucessivas tragédias em sua família, não te torna uma pessoa rancorosa e sim, algo apaixonante. Vivendo no subúrbio de Cleveland, tem um grande amigo, Jonathan Glover, que acaba virando uma grande relação dúbia: fraternal e carnal.

A relação aumenta, quando Bobby fica sozinho no mundo, e acaba sendo atraído pelos laços da família de Jonathan. E vivendo o dia a dia com seu amor inocente. Até que um dia, Jonathan parte para estudar em Nova York.

Anos depois, Bobby se vê sozinho novamente, e procura seu amigo em Nova York. E lá conhece a moderninha Clare (vivida por Robin Wright Penn), que divide o apartamento com Jonathan. E as coisas acabam entrelaçando entre os três, já que Clare alimenta uma paixão platônica por Jonathan e os dois juntos, pretendem ter um filho.

E assim, se sucede o filme. Várias trocas de papéis, amores poucos correspondidos e uma diferente visão de família. E não procurem cenas quentes entre Farrel e seu amigo (vivido por Dallas Roberts), pois a nuance gay entre os dois em bem discreta.

Bem, o filme não fala somente sobre relacionamento homossexual ou heterossexual, o filme fala sobre sentimentos, sem identidades ou sexo. Também é valido pela bela interpretação de Sissy Spacek (que faz a mãe de Jonathan). E pela primeira vez, vi um Colin Farrel mais doce, e as vezes até meio delicado. O que é meio inédito para mim.

Bom para ver abraçadinho com seu namorado ou amante ou namorada ou ficante ou... vocês sabem... é bom para ver com alguém juntinho.

Veja o trailler:



Depois dêem sua opinião ;)

Ass.: R

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Éramos dois


Éramos dois numa mesa, o café pelando e os olhos se embrenhando.
Na conversa, lagrimas rolam, sorrisos se abrem.
A chuva fina cai la fora, antecipando o ar gelado.
Enquanto, o sentimento aquece,
ao mesmo tempo que a língua toca a xícara.

Éramos dois numa noite, as mãos tímidas não alcançam.
Mas, o sorriso de meia boca anuncia,
o que não era preciso ser tocado pelas mãos.
Os olhares se cruzam, os lábios secam.
A vontade de ficar mais perto dispara.

Éramos dois numa rua, caminhando lado a lado.
Sentando na poltrona do carro, encostando os ombros.
Enquanto a noite úmida gela, as mãos se abraçam.
O inevitável acontece, o coração dispara.
E enfim os lábios se encontram.

Ass.: R

terça-feira, 21 de abril de 2009

Gírias GLS


Estou repetindo este texto que publiquei no DXPP. Acho que é ótimo para iniciantes. ;)

Bem, quando entrei em contato com o mundo GLS, fiquei muito confuso com as gírias usadas pelas pessoas do meio. Um exemplo: um amigo de um ex-namorado estava me achando bonito e eu achava que ele estava me chamando de cabeçudo.

Para quem esta mais perdido do que eu, encontrei algumas palavras interessantes:

Arrasou e Abalou - Expressão de admiração em relação a um ato bem-sucedido de outra pessoa.
Aurora - Mal cheiro.
Alibã - Polícia.
Amapô - Mulher.
Aqüé - Dinheiro.
Aqüendar - Olhar, paquera, também pode ser usado como fazer sexo.
Atender - ficar com alguém, transar.
Azuelar - o mesmo que dar a Elza

Bafão - Confusão.
Barbie - Homem homossexual malhado e afeminado.
Beijar - o mesmo que dar a Elza só que descaradamente
Bill - Gay, homossexual masculino.
Bilú - Homossexual metido a rico.
Bofe - Homem bonito.
Bolacha - Homossexual feminino.

Cheque – Cocô. (Da mesma forma que nena).
Chuchu – Barba.
Carimbo - Doença sexualmente transmissível.
Carimbar - Transmitir doença.
Caminhoneira - mulher homossexual masculinizada
Carão - Fazer pose, debochar.
Chuca - Lavagem instestinal
Close - Pessoa metida.
Colar velcro - ato sexual entre duas mulheres.
Colocação - Se drogar, ficar alto.

Demônio - Gay feio (a).
Dumdum - Pessoa negra.
Desaqüendar - sair fora, deixar o lugar.
Doce - Armar confusão, fazer o mal.

E aí? - Expressão de cumprimento, talvez a mais usada no meio homossexual. O mesmo que olá, como vai?
Ebó - macumba, trabalho
Edí - ânus
É tudo - Algo muito bonito e/ou interessante.
Entendida (o) - Lésbica, gay.
Enxerto - Intriga.
Elza - Roubar.
Erê – Criança.
Equê - Mentira.

Fomfom – Gazes.
Fita – Esperma.
Fancha - sapatão

Gravação - Sexo oral.
Ilê - casa

Mona – Mulher; ou homossexual masculino afeminado.
Mondongro - Feio, esquisito (nome dado às deformações causadas pelo uso de silicone industrial).
Mala - órgão genital masculino.
Maricona - Homem homossexual com mais de 50 anos.
Mati - pequeno.

Nena – Cocô. (Da mesma forma que cheque).
Neusa – Homossexual; ou mulher oriental.
Neca - órgão genital masculino.

Olofom - Mal cheiro.
Odara - grande
Ocâne - órgão genital masculino
Ocó - Homem.

Pencas - Em grande quantidade, muito.
PAM - Sigla para Passiva Até a Morte.
Picumã – Cabelo.
Picumã do equê – Peruca.
Parô tudo - Expressão de admiração sobre algo que seja bonito ou um ato corajoso.
Paulo Otávio - Cocaína
Pintosa - Homem homossexual bem feminino.

Racha - órgão genital feminino

Se joga! - expressão de estímulo, o mesmo que "Vá em frente"
Suzie - Homem homossexual malhado, afeminado e já com mais de 40

Tata - Homossexual masculino muito afeminado.
Tombar - arrasar, chegar arrasando
Tô loka - Expressão de raiva, também usada para indicar que a pessoa está sob o efeito de drogas ou álcool. Pode também ter sentido jocoso.
Taba - Maconha.
Tá meu bem! - expressão de admiração
Travlon - Travesti.
Tô passada - Expressão de espanto e também de admiração.
Tô bege - O mesmo que tô passada!
Tufo - muito, as pencas

Uzê - Ruim, pior que uó.
Uó - Alguma coisa ruim.
Um luxo - Algo bonito, interessante...

Ass.: R

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Singulariedade


Este negócio de “cara metade” é beeeem complicado. Em grande parte, assim como eu, procuramos alguém que tenha mais em comum possível, deixando totalmente de lado a frase clichê “os opostos se atraem”.

No meu namoro, acabei aprendendo certas lições, é claro que não há uma incompatibilidade imensa minha com meu namorado, mas somos sim, bastante diferentes. Gostos, experiências, mentalidades e até alguns objetivos. Mas, sim, temos muitas coisas em comum.

Mas, neste ponto que quero chegar. Qual a importância da diferença? Qual a importância de gostos diferentes? Bem, eu acho que sermos iguais demais é chato. Pois, num relacionamento, se não tivermos muito a oferecer, aprender e mostrar coisas novas a experimentar, que graça teria.

A vida, como um todo, é um grande laboratório e aprendizado. Se a gente encontra a tal “cara metade”, e ela vem cheia de sabores novos, a coisa fica melhor ainda. Por mais diferenças que ela tenha, sempre tem um jeitinho de igualar as coisas, não precisa anular a identidade de ninguém, apenas um bom convívio.

Sempre fui um pouco nerd, não algo exagerado ou babaca, apenas gosto da cultura deste lado. Já meu namorado, sempre gostou de bandas alternativas, livros e filmes, muito filmes. Nos nossos quase 6 anos de convivência, fazemos o possível para trocar experiências, e a coisa deu muito certo.

Pois, se um dia, você achar que seu amor, não tem nada novo para acrescentar, pode ter certeza, vai chegar um dia que o tédio ou vai acabar com o namoro, ou vai criar um relacionamento morno e, de certa forma infeliz.

Então, abra os olhos para a diferença, tente experiências novas, não torça o nariz antes de realmente sentir o gostinho do que não é comum. Pois, você não vai saber, se realmente não provar.

O singular é o bicho :)

Ass.: R

sábado, 18 de abril de 2009

Dicas de Filmes: Truques da Paquera


Iniciando esta seção de dicas filmograficas, trago o filme “Truques da Paquera”, que teve seu título original chamado “Trick”. Como era de esperar neste blog, o assunto principal do filme é o homossexualismo, é o-b-vi-o ;)

O astro principal é Christian Campbell (irmão de Neve Campbell, estrela do extinto seriado “Party of Five” ou “O Quinteto”), que vive o compositor gay Gabriel, pacato rapaz que tenta a vida dificil na cidade grande e divide seu apartamento minúsculo com outro amigo heterossexual, que o transforma quase sempre em suite de motel particular.

A falta de idéias para uma composição e sua vida sexual estacionada, acabam virando de cabeça para baixo quando ele encontra um possível e estonteante transa com um Gogo Boy. Mas, falta espaço e lugar para tal transa, e a vida de Gabriel fica mais complicada ainda.

O historia tem uma levada bem amena, e não tão picante como os outros filmes do gênero, mas mostra de maneira bem leve e geral, os passos de uma transa que vira uma paquera, e tem uma direção totalmente inesperada.

O filme ainda tem no elenco a atriz Tori Speling (sim, a do “Barrados no Baile”), apesar de já ter uma década de existência, o filme é bem atual, e brinca bastante com as duvidas de um relacionamento homossexual, o que torna o filme muito gostoso de se ver.

Então, dêem uma procurada e dêem suas opiniões aqui.

VEJAM UM TRAILER DO FILME:



Boa diversão ;)

Ass.: R

quinta-feira, 16 de abril de 2009

O dia do Casamento


Sempre que eu e meu namorado deliramos sobre o futuro (ainda incerto), falamos de juntar os trapinhos, e oficializar nossa união. E como seria? Apesar de grande parte das pessoas saberem de nosso namoro, há outra imensidão sem nem idéia que ele existe. É uma complicação.

O grande problema, pode surgir da família. Mãe, a gente nem conta, pois ela de coração já sabe, e com certeza de um jeito ou de outro acaba abençoando a união. Mas, e os tios mais velhos. Sim, vocês podem pensar: “são um bando de gente preconceituosa”. Mas, como a palavra fala, já houve um pré conceito.

Estamos em um mundo pró-informação, mas tem muitas das pessoas que estão entre nós, que receberam outro tipo de educação e entendimento. Não podemos culpá-los 100%, eles cresceram e se desenvolveram vendo o que é certo ou errado, para eles ficaria muito difícil aceitar que o que eles pensavam a vida inteira é errado.

Muitos pensamentos podem mudar com o coração, com a aceitação de alguém que eles amam muito, mas não há como do nada tirar este gatilho de pré conceito já existente há anos. Mas, podem ter certeza, se eles pudessem escolher, queriam que fossemos “normais”.

E os amigos, imagina aquele amigo que você fala há anos, que trocaram fotos de mulheres peladas, que já fizeram listinhas de mulheres mais gostosas do mundo, descobrisse. Sim, no fim das contas, haverá sacrifícios, muito difícil este amigo de longa data aceitar.

Assim, você pensa: “se fosse realmente amigo, aceitava”. Não é tão fácil assim. Eles podem até sentir traídos, enganados ou algo assim. Mesmo que o diga que já tive uma vida pregressa heterossexual, ele vai achar que sempre estive a mentir.

Aos poucos, o dia do casamento vai surgindo na sua cabeça, e a realidade é esta: no dia você não terá muitas pessoas que você gosta ao seu lado. E depois, dificilmente você vai recuperar estas pessoas.

Mas, se ficarmos sempre adiando este dia, por causa destas pessoas, passaremos a vida inteira vivendo sim uma mentira, e a enganando. E deixamos de viver a nossa vida, como ela deveria ser. Mesmo não sendo considerada “normal” ou não, por outras pessoas.

As.: R

terça-feira, 14 de abril de 2009

Com que roupa eu vou?


Às vezes pode parecer um pouco de preconceito da minha parte, ou até um pouco de mentalidade quadrada ou antiga, mas olhando esta foto do Michael Lohan (pai da atual lésbica Lindsay Lohan), vem a pergunta: o que faz uma pessoa vestir uma roupa destas?

Sério, estava eu e meu namorado passeando no shopping, e de longe vimos um senhor com uma roupa coladissima, e uma camisa de rendinha mostrando até o bico do peito. Desculpa, quer curte, mas para mim, uma pessoa jovem já é feio usar esta roupa, imagina um senhor de meia idade.

Hoje, estou fora de forma, mas já fui bem magro, e nem por isto vesti uma camisa de rendinha. Sério, parece que esta faltando certo “simancol”, ou então é uma certa necessidade de usar algo que grite: “eu sou gay! Porra!”. Pois é isto que veio a minha cabeça quando vi.

Qual o problema de ser gay e ao mesmo tempo ser discreto? Por que há esta enorme necessidade de ser diferente de todos, e se destacar na multidão? Sério, eu não entendo. Pois se todos querem pregar a igualdade de direitos, por que então quererem ser tão ambíguos ou diferentes.

Muita gente deve pensar vendo este texto: “o cara deve ser gordo e ter dor de cotovelo”. Mas, não é real, musculoso, gordo ou magro, é tudo do mesmo jeito. Já vi pessoas fora de forma com uma camisa tão apertada que pareciam que tinham uma borda de pizza em volta da cintura.

Não sei se é por que vivi muito tempo sem freqüentar o meio, ou por que ainda tenho uma mente hetero-macho-lizada, só sei que cada vez mais deixo de entender o que esta acontecendo. Por que todo mundo quer ser um ponto dourado no meio de uma multidão?

O que faz pensar: será que eu estou certo? Ou sou o errado na multidão?

Ass.: R

domingo, 12 de abril de 2009

As Mulheres da Minha Vida - Parte 2

E chegamos na segunda parte e também final da listinha das minhas vozes femininas preferidas. Se não leu a anterior, esta abaixo deste post ;)



Fiona Apple - foi uma outra grande surpresa das madrugadas produtivas da MTV (pois a programação fora deste horário é meio decepcionante). Voz aveludade e afinada, ela é algo ótimo para os ouvidos. E adorei esta regravação dela de um clássico dos Beatles.



Lily Allen - primeiro a detestei, mas ao ouvir as musicas mais novas, até gosei bastante. Não tenho nada com o estilo de vida, ou se ela é arrogante ou algo assim. Eu curto a música dela.



KT Tunstall - outra que também que comecei a ouvir por acaso. Adoro esta música que ela canta ao vivo. Também esta com certeza na minha listinha de preferidas.



Madonna - sei que é clichê, gay gostar da Madonna, mas eu gosto e daí. Não curto muito as fases antigas (tipo "Like a Virgin"), mas curto muito "Secret", que por incirvel que pareça, não encontrei o clipe original.



Marisa Monte - esta é as antigas, curto desde a época do "Bem que se quis". Qunando minha mãe ganhou um vinilzão dela. Não gosto da fase Tribalistas, mas as outras eu gosto muito.

E terminou a minha listinha.

Quero ver meu namorado fazer a listinha dele, ai vocês terão muito medo.

Ass.: R

sábado, 11 de abril de 2009

As Mulheres da Minha Vida - Parte 1

Enquanto que prefiro os homens ao meu lado, na minha trilha sonora há quase predominância de mulheres. É mais certo eu gostar de uma musica cantada com por uma voz feminina do que masculina.

Por isto fiz uma listinha das minhas 10 preferidas, não há ordem de quem é a melhor, pois gosto de todas de quase o mesmo jeito. Dividi a lista em dois para não ficar cansativo para vocês ;)



Tori Amos - Foi caso de amor a primeira vista, vi um clipe extremamente louco dela (o que já é de praxe vindo dela), e comecei a acompanhar. Depois um outro amigo se apaixonou e comprou todos os CDs, então eu aproveitei :D



Sarah McLachlan - também, por acaso vi um clipe dela nas madrugadas da MTV, este mesmo que coloquei no blog. Logo depois, ela estourou com a música "Angel" para o filme "Cidade dos Anjos".



Dido - eu comecei a gostar dela, desde que ouvi a primeira vez a abertura do extinto seriado "Roswell". Depois meu amigo descobriu quem era ela, e por acaso ao entrar no supermercado Extra, dei de cara com o CD da mesma... desde então ela não saiu mais do meu MP3.



Norah Jones - eu até curtia as músicas dela. Mas a conheci melhor por intermédio do meu namorado, que é um grande fã dela. Ai, pronto, já esta nas minhas preferidas.



Adriana Calcanhoto - é umas das Tops nacionais para mim. Ela não precisa muito, apenas um violão e um banquinho. Que pena que não tinha um clipe decente para minha música favorita: "Vambora".

Amanhã a lista continua ;)

Ass.: R

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Por isto que amo Brother & Sisters

Não tem como não gostar desta série. Trata da homossexualidade sem putaria, como um relacionamento normal. Idas e voltas, romance e até casamento. Série muito boa, sem contar que adoro um draminha água com açúcar :D



Vale a pena acompanhar.

Ass.: R

terça-feira, 7 de abril de 2009

Síndrome do Banheirão


Eu estive analisando o povo do banheirão. Sim, a coisa esta virando algo que chega a ser extravagante. Já tem comunidades no Orkut, e os banheiros já estão tão visados, que em alguns shoppings de minha cidade há placas avisando sobre o risco de ser preso por atentado ao pudor.

Há anos atrás, era uma freqüência maior de pessoas de altas idades, hoje você encontra se esgueirando pelos cantos com a ferramenta na mão, todo tipo de idade, cor ou religião. Virou um fenômeno da nova geração.

Sério, não estou sendo puritano ou hiper conservador, mas esta ficando difícil. Não há um banheiro que a gente entre, que não vê alguma pessoa se esgueirando, ou mostrando o penis com a maior cara de pau.

Não que eu tenha algo contra ver penis, mas eu queria pelo menos escolher qual penis que eu quero ver. E não por que sou gay, que também vou querer me embrenhar ou apalpar qualquer pinto que apareça pela frente.

Eu estava estes dias, com um primo meu. Estávamos sentados tomando um refrigerante em uma barraca de praia, enquanto admirávamos o banheiro, era um entre e sai, que apelidamos o tal de dark room, a coisa estava tão feia, que até fiquei com medo de ir fazer urinar.

E tem vários tipos, tem aqueles que são gays e acham que fazendo apenas banheirão, mantem sua fama de hetero. Teve um dia desses que levei um susto, entrei no banheiro da praia, e estava lá um cara que havia estudado o colegial comigo. Ele estava se engalfanhando com outro cara.

Na época da escola, quando ele era vice-presidente de uma associação de alunos, ele vivia contando sobre as noitadas, sobre os sexos em outros estados em convenção, das varias mulheres que ele catava, e eu não duvidava, pois ele era bonito. E la estava ele, com a mão no pau de outro cara. Não sei se fiquei achando ruim de ele ter fingido que era hetero, ou por que estava lá fazendo banheirão. Sério.

Como eu sempre preso por aqui, a imagem homossexual. Pois para mim já é uma situação constrangedora, imagina um hetero entrando no banheiro e vivenciar uma cena dessas. Junta mais esta imagem para a comunidade homossexual.

Fetiche, desespero, tesão ao limite, sexo em perigo, não sei o que leva estas pessoas há fazer isto. Mas só peço para pararem um pouco e pensarem: o que vai levar isto?

Ass.: R

sábado, 4 de abril de 2009

Músicas para chorar, pensar e namorar

A vida seria muito sem graça sem trilha sonora. Durante estes meus 30 e poucos anos, elas povoaram meus dias desde a Turma do Balão Mágico na época que eu era criança, até o Coldplay que embala meu namoro.

Então fiz uma seleção de músicas que marcaram épocas, lembranças e momentos meus.

Música que faz quase chorar é a "Grafton Street" da Dido, nem é pela letra da música, e sim pela melodia e pela flautinha.



Música que faz lembrar meu pai é "Take My Breath Away", da trilha sonora do filme "Top Gun", feita pelo grupo Berlin. Lembro que na primeira vez que compramos um CD Player, ele comprou um CD de músicas de filmes, e tocou esta música até eu não aguentar mais ouvir.



Desde que conheci meu namorado, a música "Clocks" do ColdPlay tem nos acompanhado. Chegamos a nos vestir para sair de um quarto de motel, e tivemos que esperar mais um pouco, por que do nada começou a tocar esta música no rádio.



Sim, tem a "Ragatanga", antes que me apedregem, deixa eu contar o motivo. Houve um momento da minha vida que aconteceu um "up" no sentindo de eu me aceitar como gay, na época também meu pai estava muito doente e houve uma esperança de cura.

Neste momento, fui convidado para ser padrinho de casamento de uma prima, na festa eu estava tão para cima, tão bem, que joguei toda a vergonha de lado, e fui dançar ao lado dos primos e família esta música.

Sim, não é uma musica que eu vá carregar no MP3, mas é algo que me traz boas lembranças.



Já "You Learn" de Alanis Morrissete marca uma época que fiz um curso, e acabei encontrando grandes amigos, que mesmo agora com mais de 10 anos depois, ainda fazem parte do meu ciclo de amizades.



E para terminar, "Take a Bow" da Madonna, que era a música preferida de minha unica grande relação heterossexual.



Eu poderia ficar aqui, passando horas colocando músicas e músicas, mas haja saco para vocês :D

E vocês? Quais as músicas que fazem parte de sua vida?

Ass.: Ray

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Os Mentirosos agradáveis


É, meus amigos, não podemos dizer que grande parte do povo da internet é verdadeiro, não é mesmo? Eu fui descobrindo esta verdade ao dar a cara à tapa. Ainda mais relacionado a namoro, ou futuras experiências amorosas.

Todos querem mostrar o melhor na internet, a melhor foto, a melhor primeira impressão, o melhor amadurecimento, a maior responsabilidade. O duro é levar isto tudo para o mundo real.

Com o passar dos tempos, e analisando os fatos desta cadeia hereditária (desculpem, não resisti a péssima piada), consegui catalogar alguns tipos de pessoas da internet:

O falso – é aquele que diz querer um relacionamento, que faz tudo pela pessoa. Mas, na verdade, ele não quer ficar sozinho, com certeza, se aparecer outro dando bola para ele, ele vem com o mesmo papo. E esquece você.

O feriadão – sempre quer estar contigo. Diz ser amadurecido, que já paquerou muito, mas quer ser fiel apenas a uma pessoa. Mas, ao primeiro sinal do Carnaval ou algum feriadão interessante, ele procurará algo para terminar e aproveitar a solteirice. Ele pode retornar depois, mas vai saber se ele não vai repetir.

O cordeiro – aquele que diz juras de amor, te faz parecer o melhor homem do mundo, lhe promete fidelidade eterna. Mas, pode ter certeza, ao virar suas costas, ele jogará a fidelidade pelo ralo.

O Mister M – com o mesmo papo de sempre, mas na primeira oportunidade desaparece, e você não consegue encontrá-lo e nem ligar no seu celular. E vem a velha desculpa: a bateria descarregou, esqueci no serviço, tive que ficar mais tarde para resolver as coisas.

O Machoman – aquele que diz ser machissimo. Diz que não rebola e ninguém descobre que na verdade ele é gay. Mas você o encontra e descobre que ele mia e anda como Top Model. Um pezinho na frente do outro.

O fora do meio – se diz discreto, que não frequenta o meio GLS para a família não descobrir. Depois que você sai com ele, descobre que todo mundo conhece ele e este sabe de cor os nomes das Drags do pedaço.

O não quer embalagem – diz que quer encontrar a pessoa ideal. Que não se importa como ela seja, mas chega ao encontro e vê que você não atende as expectativas, até finge ser outra pessoa e deixa você esperando plantado.

O grande amigo – aquele que diz que quer namorar. Mas, quando enfim se conhece, diz que quer você apenas como amigo, e poderem transar de vez ou outra. E sempre você tem que estar a disposição da transa, ou ele te tira da agenda do celular.

E este são apenas alguns tipos que a gente conhece por aí. Falta muitos para catalogar. Mas, também encontrei gente legal na internet, ela não é de todo mal. Mas, com a experiência que tive, eu digo: confie desconfiando.

Ass.: R

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Sensibilidade não quer dizer feminilidade


Eu e meu namorado estávamos conversando no último fim de semana que, uma das maiores diferenças de um homem gay com um homem hetero, acho que é a sensibilidade. Não que não existam homens heteros que sejam sensíveis, mas não é verdade que as mulheres adoram homens gays.

Sim, homens gays podem assistir futebol, fazer coisas extremamente másculas, e ao mesmo tempo, se deixar abalar com uma musica, um filme ou algo que lhe toque. A única diferença, é que o gay se deixa levar por esta sensibilidade, o que pode ser um ultraje ou algo diminutivo para a cabeça de um homem hetero.

Mas, não vamos confundir as coisas, quando a sensibilidade se torna algo extrema e chega até virar caricata, ou uma versão máxima da sensibilidade feminina, chega a ser um exagero.

Esta é a grande questão, as vezes o homem gay quer ser tanto uma figura feminina, que acaba virando uma caricatura exagerada de mulher. Muitos gritos, pitis e coisas escandalosas.

Vocês podem até enxergar como uma critica, mas não é. O grande problema que este tipo de comportamento acaba virando um grande apontamento do meio homossexual, acaba virando título, clichê e visão dos outros grupos.

Tem crianças, que no máximo estão beirando seus 14 anos, e já estão desmunhecando e tendo como ídolos e espelhos as madrinhas, que são sempre Drag Queens. Isto acaba criando uma visão errada de um “todo homossexual”.

Mas, as vezes, a culpa não é só deles. E sim de quem vê tudo de fora, e passa esta imagem como sendo a vida do homossexual: gente mal educada, vulgar, caçadores de pintos no banheiro, promíscuos, mal relacionados, de má índole e tudo de pior.

Por isto é importante sabermos dosar um pouco as coisas, não mostrar que nós somos apenas isto. Assim as pessoas dizem: “ah, eles não pagam as minhas contas. Eu não quero saber as opiniões deles”. Para com isto, vale lembrar que muitos morreram por esta causa, por viverem uma vida marginal no passado e hoje, com esta liberdade (as vezes muito falsa), mas mesmo assim, uma conquista, deveríamos pensar um pouco nas atitudes.

Poxa, todos querem um pouco de respeito. E para isto temos que conquistar, pois não adianta só querer mostrar que a vida é cor de rosa, pois ela não é. Enquanto algumas pessoas têm esta visão turva, tem muita gente que vai morrer de jeito terrível nas ruas.

Um pingo de azul não muda uma imensidão de amarelo, mas é melhor contaminar um pouco mudando para a cor verde, e mostrar que apesar das diferenças, as cores se misturam.

Desculpa, se o texto foi meio ofensivo para alguém, não era esta a minha intenção, apenas um desabafo para cada um refletir um pouco, mesmo que for para pensar contra o texto, mesmo assim estará com algum tipo de reflexão em mente.

Ass.: R

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