
Éramos dois numa mesa, o café pelando e os olhos se embrenhando.
Na conversa, lagrimas rolam, sorrisos se abrem.
A chuva fina cai la fora, antecipando o ar gelado.
Enquanto, o sentimento aquece,
ao mesmo tempo que a língua toca a xícara.
Éramos dois numa noite, as mãos tímidas não alcançam.
Mas, o sorriso de meia boca anuncia,
o que não era preciso ser tocado pelas mãos.
Os olhares se cruzam, os lábios secam.
A vontade de ficar mais perto dispara.
Éramos dois numa rua, caminhando lado a lado.
Sentando na poltrona do carro, encostando os ombros.
Enquanto a noite úmida gela, as mãos se abraçam.
O inevitável acontece, o coração dispara.
E enfim os lábios se encontram.
Ass.: R
Nenhum comentário:
Postar um comentário