sexta-feira, 22 de julho de 2011
O fim de Brothers & Sisters
Vocês podem até me chamar de brega ou fã de novelões, mas eu amava assistir todo o drama gerado pela família Walker, a cada episódio da série Brothers & Sisters. Série que chegou ao seu derradeiro fim nesta quinta temporada, após muitos altos e baixos das temporadas anteriores.
Surgida em 2006, nas suas três primeiras temporadas, a série foi recheada de elogios e muitos prêmios, foram indicados a muitos emmys e ganhou um pela a atuação de Sally Field, fora isto, levou quatro indicações pelo Globo de Ouro, além de ganhar mais nove prêmios e mais dezoito indicações.
A série inicia com a morte do patriarca da família, o que desencadeia milhares de acontecimentos, como a guerra pela liderança da empresa, mudança de rumo de alguns personagens, a aparição de uma amante e de uma suposta filha bastarda.
Em suas cinco temporadas a série conseguiu discutir variados assuntos, entre eles separação, traição, golpes empresariais, câncer, adoção entre casais heteros e homossexuais, namoro com diferenças de idade, barriga de aluguel, política, AIDS, drogas, traumas de guerra, amor na terceira idade, morte, eutanásia, ética no trabalho... entre outros variados assuntos, que fariam esta lista ficar interminável.
Mas, seria demagógico da minha parte, não citar minha identificação com a série, por causa do personagem gay feito pelo ator Matthew Rys. Uma das primeiras séries que mostram um personagem gay sem se preocupar com estereótipos.
Matthew é Kevin Walker, advogado formado que é muito bem sucedido nas primeiras temporadas, ele tem um comportamento sem muitos excessos (coisa que geralmente estereotipa os personagens gays). E acaba passando por várias experiências, conhecendo vários parceiros, até achar seu grande amor da vida, Scotty (vivido por Luke MacFarlane). È claro, que o casal passa por dificuldades, como qualquer outro casal, mas conseguem se casar, abrir um negócio juntos e pensar em filhos.
A série dá também outra visão da homossexualidade, com o personagem Saul, irmão da matriarca da família. Solitário e dedicado ao trabalho, após a aposentadoria, tem que repensar sobre sua situação, homossexual na terceira idade e com toda aquela carga de preconceito acumulada há anos.
Às vezes a série pesa a mão com o dramalhão, ou até por episódios non-sense, como aquele com a Sonia Braga. Mas, não podemos deixar de pontuar toda a sensibilidade que é cuidado cada assunto, sem se preocupar em chocar, apenas em mostrar a realidade, mesmo nua e crua, mas muito bem resolvida.
Infelizmente, os anos não foram muito agradáveis a série, que sofreu com perda de elenco, com alguns virando estrelas e fazendo só alguns episódios, e com roteiros que não correspondiam mais aquele peso dos episódios anteriores.
Então, o fim foi inevitável. O episódio final representou bem a série e deu aquele aperto no peito de saber que os dramas da família Walker vão ficar no passado e não veremos mais aqueles personagens mais por aqui depois de 110 episódios.
Que fiquem em nossas memórias.
Ass.: R
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário