segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Um Casal em Sampa – Parte 20 – Maio/Junho


Enfim, ultrapassamos os primeiros meses por nossa conta. Conseguimos balancear nossas despesas, caprichamos nas horas extras, e enfim, podemos ter uma vida confortável, é claro, sem móveis na sala ainda, mas com um quarto aconchegante que vale muito mais.

Mas, nem tudo são flores, no departamento que eu trabalho, nosso supervisor foi transferido para outra área, ficamos sem supervisor. A pessoa ao qual mais me identifiquei e que se mostrou grande amiga, como era a mais velha (mais tempo de casa) no local, assumiu a liderança da célula.

Apesar de não ser intitulada como líder por nosso supervisor, ela assumiu a função, e foi apoiada por mim e por nossa outra companheira de trabalho. Mas, tem certas pessoas que não tem perfil para a coisa, não sabe o que é realmente liderar, e perde totalmente o controle da situação, confundindo liderança com militarismo.

No início houve vários confrontos verbais com a outra menina, o que valeu almoços desgastantes, discussões de nível de poder, entre outras coisas mais. Não demorou para a situação descontrolada da nossa “líder” me atingir. Eu, que sou uma pessoa muito calma, cheguei ao limite após minhas funções entrarem em cheque, tive uma discurção calorosa com a mesma.

Apesar de nosso superintendente continuar a dizer que ela apenas é a cabeça da equipe e não é a líder, fui acometido do tal “assédio moral”. Coisa que a gente só vê em filmes, jornais e matérias na internet.

A situação transformou meu dia a dia no serviço em um inferno, com diversas diretrizes do meu trabalho mudando, sem contar com os mandos e desmandos, humilhações e demonstração de poder.

Quando você sabe que não fez nada errado, sabe que é responsável por seu trabalho, cumpre com que tem o que cumprir, ver uma pessoa tentando te derrubar, te denegrir e tentar o tempo todo te humilhar, faz você se sentir muito mal.

Isto acabou me fazendo muito mal, afetando minha saúde, o que me fez ficar afastado alguns dias do serviço. Foram dias de cama e muita febre. Tive que deixar o verdadeiro responsável pela célula ciente da situação.

Para meu espanto, o próprio estava muito infeliz com o trabalho dela, que ela havia já um histórico bem pesado de falta de ética e que ela já estaria na lista de prováveis demitidos. E que eu ficasse em paz, que ele estaria já cuidando de minha transferência.

Por mais que eu estivesse feliz em ir trabalhar na Av. Paulista, meus nervos já em frangalhos, não admitia minha volta ao meu antigo trabalho. Mesmo que se eu passasse apenas um dia por lá, ainda seria muito sofrimento psicológico.

Mas, como tudo na minha vida, tive que respirar fundo e encarar. O que importava, é que trabalharia perto do meu maridón, o que daria uma rotina mais presente entre nós dois. Teríamos mais tempos para ficar juntos, como a ida ao trabalho e os almoços.

E que venham mais novidades, boas... por favor ;)

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