quarta-feira, 20 de maio de 2009

No Limite


Quando criei um blog opinativo, eu sabia que menos dia ou outro, iria sofrer certa retaliação. No mês passado, fiz um post sobre a famosa prática do Banheirão. Recebi um comentário recheado de palavrões, que já foi para o espaço. Recebi outro comentário para eu parar com o egocentrismo e deixar os outros com seu prazer. E um e-mail bem animadinho, que tive o prazer de deletar.

Bem, eu não estou me envolvendo no prazer de ninguém, nem dizendo o que alguém tem ou não o que fazer. Apenas opinei. Mas, reflita, usando a velha regra: “ a liberdade de um termina quando começa de outro”.

A questão em si não é o prazer, e sim a evasão de divisas. Vou dar um exemplo, estes dias a noite fui caminhar no calçadão da praia, antes de ir para casa precisei urinar, cheguei no banheiro publico: todas as cabines estavam ocupadas e o bidê estavam com caras se olhando. Fiquei esperando desocupar, mas a demora foi tanta que decidi me aliviar em casa mesmo.

Quer dizer, eu precisei fazer algo que aquele lugar foi feito, mas fui tirado este direito por que vários caras resolveram fazer a convenção do banheirão. Não estou sendo hipócrita e dizendo que não quero ver pintos (oras, tenho um blog que eles são destaques), mas como eu já disse quero escolher quais eu quero ver. Não quero ir urinar no banheiro e um qualquer ficar balançando seu saco na minha cara. Não quero decidir como as pessoas querem viver, só não quero que isto não me inclua de penetra.

Teve um exemplo de um casal conhecido heterossexual, eles curtem um swing ou mais alguém na transa. O que eu tenho haver? Nada. Mas o que acontece, eles ficam importunando outros casais conhecidos e até pessoas em festas da família. Isto que esta errado, não o prazer em si, e sim quem esta sendo prejudicado com isto.

Sim, sou homossexual, e me envolvo sim. Não vou levantar bandeira, mas vou fazer de tudo para as pessoas refletirem. Não quero ser rotulado por causa de uma minoria, que já esta virando maioria.

Agora sobre o título do post, não sou eu que estou no limite, e sim o cara que mandou meu e-mail, olha que ele me falou “tô no limite com esta bichinhas pão com ovo, que ficam reclamando por que ninguém no banheiro olha para elas. Eu faço banheirão, por que tem muitos me querendo.” Bem, dei muita risada com o adjetivo que me deram :D

Sim, eu não faço banheirão, não é questão de querer, e sim questão de não precisar e de não rebaixar meus valores. Pois, eu prezo pela aceitação homossexual, por mais difícil que ela seja. E da minha parte, eu estou bem sossegado.

E não, não estou no limite.

E sim, vou continuar opinando.

Ass.: R

4 comentários:

Rodolfo Adryanno disse...

Bom, tenho que confessar que suas Histórias são muito boas, realidade de um modo bem sincero e prático.Afinal, confesso-lhe que sou um " Afeminado ", mas... de alguma maneira ( ou de outra ) estou querendo perder estes "trejeitos" que não são meus.
Tipo, não é que eu tenha vergonha do que sou.Mas vejo que hoje em dia não preciso mais disso.
Gostaria de um "Conselheiro-amigo" com tantas experiências.
Parabéns!
Ps: Se puder acessar o meu blog : sexo-e-batom.blogspot.com
Ficarei muito grato.

.Guh disse...

eu nunca presenciei nada desse tipo... mas deve ser meio chato vc chegar no banheiro e ver gente se atracando... ninguem eh obrigado e gostar de ver putaria toda hora...
eu sou mt mt tarado, mas ficaria sem graça de ver um cena dessas... mas eu acho q nao eh so no banheiro. em qualquer lugar seria constrangedor pegar gente transando ou fazendo coisas do tipo

Anônimo disse...

O que é uma bichinha pão com ovo?

E! disse...

Eu adoro o blog. E adoro os autores do blog. Fã de longa data! Quando saiu o post sobre a prática do banheirão eu fiquei na minha. Já fiz muito banheirão, principalmente em uma época em que eu não tinha me assumido. Achava prático, fácil, anônimo.

Mas certo dia eu fui ao banheiro urinar e, sei lá, se pintasse algo
mais não iria descartar... Mas de repente, vi em um reservado um velhinho, de aparentemente 60 a 70 anos, balançando o pinto e me pedindo para masturbá-lo. Pior, ainda ficou passando a famosa linguinha nos lábios... Achei desprezível e me senti muito mal... Afinal, não queria passar toda a minha vida pedindo para os outros me masturbarem...

Sai do banheiro com outra postura e outra visão do mundo dos banheiros... Vejam bem: nada contra o velhinho. Como o R! postou, cada um na sua. Mas tudo a meu favor e eu não queria chegar na idade dele com as mesmas atitudes...

Post desabafo...

Parabéns pelo blog, R!

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